O mistério do Beira-Rio ganha explicações: por que Sarrafiore não joga?

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Não há problemas extracampo, não há condição física acima do peso, não há mais dificuldades de adaptação, muito menos falta de entrega nos treinos. Talvez algum dos itens citados poderia explicar o baixo aproveitamento de Martín Sarrafiore no Inter, mas não, ele não joga apenas por opção técnica.

São 33 partidas na temporada de 2019, tendo sido titular em sete deles – com o atual técnico Zé Ricardo só jogou alguns minutos na vitória por 3×2 fora de casa sobre o Bahia. Com mais gols no ano que seus concorrentes Wellington Silva e Guilherme Parede, que entraram nesta quinta durante a derrota de 2×0 para o Ceará, no Castelão, o argentino voltou a ficar os 90 minutos sentado no banco.

Por que?

Sarrafiore não joga por opção. Muitas vezes o técnico se vê limitado nas suas opções. Sarrafiore é um meia. Um daqueles jogadores de articulação. É um menino que a gente acredita muito. Mas não joga por estratégia de jogo”, garantiu o executivo de futebol, Rodrigo Caetano.

Zé Ricardo, por sua vez, revelou depois da derrota que pensava na entrada de Sarrafiore no segundo tempo. No entanto, a troca não ocorreu porque Guerrero sentiu desgaste, pediu para sair e aí a opção virou Rafael Sobis.

“Não existe nada que impeça a entrada dele. O Sarrafiore era uma opção para hoje, tanto para o lugar do D’Alessandro quanto para o do Patrick. Mas eu já tinha feito duas trocas e no final o Guerrero sentiu. O médico fez o sinal e precisei fazer a terceira com o Rafael Sobis, que é um jogador da posição”, explicou.

Dos seis gols de Sarrafiore em 2019, três foram pelo Brasileirão. Os marcados contra Flamengo e Ceará no Beira-Rio foram responsáveis diretos pelas respectivas vitórias, e o diante do Avaí fora de casa fechou o placar de 2×0. Contratado em 2018 junto ao Huracán, da Argentina, ele tem vínculo até o final de 2021.