Além da importância que terá dentro de campo em se confirmando o seu retorno, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, também servirá para manter o Grêmio pacificado e unido politicamente. A ala diretiva ligada ao ex-presidente Fábio Koff, de quem Felipão sempre foi um grande parceiro, defendeu a sua volta – e sinalizou com uma possível oposição à situação do clube nas eleições de 2022 caso o experiente treinador fosse vetado.
O atual presidente Romildo Bolzan Jr já não poderá mais concorrer no Grêmio no ano que vem e necessariamente deixará o cargo, mas, nos bastidores, fala-se do seu desejo de fazer um sucessor. À Rádio Guaíba, nesta quarta-feira, Bolzan chegou a comentar a importância do Grêmio se manter pacificado neste momento.
“Não aceitar Felipão, no primeiro momento, desagradou e muito grupo de conselheiros ligados ao ex-presidente Koff. Esse grupo pressionou e com a negativa inicial, deixou claro que seria oposição na eleição do clube em 2022, onde Romildo Bolzan ainda quer fazer sucessor”, resumiu o repórter da Rádio Gaúcha, André Silva.
A própria situação de Bolzan passa a ser indefinida para o ano que vem. Nesta quarta, à Guaíba, ele admitiu pela primeira vez publicamente que poderá, sim, concorrer ao Governo do RS. O dirigente é o nome favorito do PDT para este pleito.
“Não tem as duas coisas: se tiver candidatura, não terá Grêmio. Eu não descarto candidatura, mas neste momento não penso nisso. Se tiver candidatura, pensarei no fim do ano. Primeiro o Grêmio precisa reagir”, comentou.
Agitado nos bastidores e em crise dentro de campo, o Grêmio tenta deixar a lanterna do Brasileirão nesta quarta, 19h, fora de casa, frente ao Palmeiras.