Exatamente 24 horas depois de fazer a reestreia com grande vitória de 6×1 pelo Inter sobre o Olimpia, na Libertadores, o atacante Taison concedeu entrevista ao Seleção SporTV revelando como se sente em campo mesmo com 33 anos, pedindo confiança da torcida no trabalho de Miguel Ángel Ramírez e admitindo ainda sonhar com Seleção Brasileira:
Nervosismo antes da estreia:
“Já estou mais aliviado. Ontem antes da partida eu estava nervoso. Graças a Deus, fizemos um grande jogo, buscamos a vitória e ainda mais da maneira que foi. Isso foi o mais importante”
Desejo de voltar:
“Eu sempre desejei voltar. Fiquei 11 anos na Ucrânia. E já tinha esse desejo voltar para ficar perto da minha família, que eu sentia muita falta. Voltar também pela gratidão. Cheguei ao clube em 2005 para a base vindo de Pelotas. E eu não poderia virar as costas para o clube que me revelou, que me fez chegar ao profissional e conquistar grandes coisas”
Perda de velocidade:
“Não sei se estou mais lento ou mais rápido. Em campo, continuo o mesmo. Com a mesma velocidade, determinação. Mas um pouco mais experiente. Sabendo a hora de acelerar e de ficar com a bola no pé. Eu voltei mais experiente e com muita vontade de vencer. O Inter bateu duas vezes na trave nos últimos anos. Eu poderia ter ficado na Europa. Tive propostas na Ucrânia e em outros lugares. Mas eu senti que era o momento de voltar pra casa e voltar a ser feliz. Eu passava por um momento difícil no Shakhtar Donetsk. Ficou um negócio meio feio da minha parte. Mas graças a Deus no final deu tudo certo”
Idade de 33 anos e sonho de Seleção:
“Eu acho que idade não é problema. O Miranda demonstra isso no São Paulo. No jogo contra o Corinthians e ontem um pouco dos lances contra o Racing. Parece que ele não está na idade que tem. O Dani Alves, o Filipe Luis, desde o ano passado. Atuam em alto nível. E eu vou ter que enfrentar esse ano e espero que contra mim não joguem tanto (risos). A gente perde o ritmo dos 20, 21 anos. Com 33 tu perde ritmo e no fim do jogo tu tem que dosar mais para não cansar. Sobre Seleção, sou grato por ter tido oportunidade de estar lá. Pelo Tite ter me levado à Copa. Mas fico um pouco chateado por não ter tido a oportunidade de jogar e de demonstrar meu futebol lá. Fica um pouco de tristeza, queria demonstrar mais meu futebol na Seleção. Sei que agora tem muitos jogadores em alto nível e menos idade, mas eu sonho em ter uma nova oportunidade”
Apoio a Ramírez:
“Eu tive contato com ele umas três vezes por causa do sistema. O esquema é diferente do que eu jogava. Ele trabalha muito e vive o futebol querendo vencer. Muda um pouco o esquema que os brasileiros estão acostumados. As pessoas pensam se vai dar certo ou não. Eu só peço para a torcida colorada confiar muito no trabalho do Ramírez, que vai dar muito certo e a gente vai ajudar bastante ele”