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Nilmar vê papel indireto nos grandes títulos do Inter e conta como se sentiu ganhando o Brasileirão de 2005 pelo Corinthians

Aos 36 anos de idade, atacante está fora dos gramados desde que deixou o Santos em 2017

Adorado pela torcida do Inter e dono de lances marcantes com a camisa colorada, Nilmar trilhou três diferentes passagens pelo clube e, nas duas primeiras, a sua saída ocorreu pouco antes das conquistas de grandes títulos. Primeiro em 2006, quando já havia sido vendido ao Lyon em 2004 e depois foi para o Corinthians, e depois em 2010, vestindo a camisa do Villareal desde o meio de 2009.

Ainda assim, o atacante de 36 anos se sente um participante indireto dos títulos da Libertadores e do Mundial. À Rádio Colorada no último sábado, ele explicou a sua maneira de pensar:

“Eu costumo dizer que fiquei de fora do filé (risos). Ajudei com o entrecot, o matambrito, o salsichão, mas na hora de comer o filé eu estava fora. Mas faz parte. Primeiro eu fui vendido em 2004 e depois em 2009 na minha segunda passagem. Mas entendo que, de alguma forma, as minhas vendas ajudaram o Inter a contratar jogadores importantes para essas conquistas. Mesmo não tendo participado em campo, eu me sinto parte de todo esse processo, sim”, comentou.

Nilmar foi rival em 2005

Em uma das reclamações mais históricas do Inter, Nilmar vestia a camisa rival. Ele era titular do Corinthians no ano de 2005, onde o colorado foi prejudicado em campo e fora dele, antes de perder o Brasileirão para o time paulista.

Além da anulação dos 11 jogos apitados pelo juiz Edilson Pereira de Carvalho, envolvido em esquema de corrupção, que acabou fazendo o Inter passar de 1° para 3° sem jogar, o colorado foi atrapalhado pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas no confronto direto no Pacaembu. Ele não deu um pênalti claro e ainda expulsou Tinga no 1×1 dos gaúchos diante do Corinthians.

“Cheguei no Lyon ainda com aquela cabeça do brasileiro, jovem, de querer sempre jogar. Às vezes você acaba não entendendo muito bem. Hoje eu já vejo diferente. Lembro que o Kia (Joorabchian, dirigente da MSI na época) foi à França se reunir comigo, me apresentar o projeto e os objetivos. E eu aceitei jogar no Corinthians. Acabei formando uma dupla ótima com o Tévez, que todos lembram. Acabamos vencendo em 2005, mas todos viram como foi. É um assunto já bastante debatido”.

Aos 36 anos, parado desde 2017, quando deixou o Santos para se recuperar de um quadro de depressão, Nilmar também admitiu que pensa, sim, em voltar a jogar.

“Eu tenho isso comigo (voltar) Quando o cara para, pensa em ir mais um pouco. Muitos têm esse sentimento. Cada jogo que eu vejo hoje e depois de tudo que eu passei em termos de depressão… antigamente eu achava bem distante essa ideia de voltar, mas hoje vejo com bons olhos. Mesmo assim, vejo com tranquilidade se não acontecer. Mas sem dúvida tenho o pensamento do retorno. O jogador com 50 anos vai ter dentro dele o sinalzinho de querer ir mais um pouco (risos). Ainda mais ouvindo o torcedor na rua, que pede, pergunta, tira foto. Quem sabe”, concluiu.

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