Marcelo Oliveira recorda início no Grêmio e diz que arriscou tudo em cláusula no contrato sobre lesão no joelho: “Podem rescindir”

Ex-lateral e ex-coordenador gremista concedeu entrevista nesta semana ao jornalista Duda Garbi

Com um histórico de grave lesão no joelho esquerdo sofrida no início da carreira, ainda pelo Corinthians, que ainda gerou uma infecção hospitalar que o tirou dos gramados por 1 ano e 10 meses, o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira chegou ao Grêmio em 2015 sob desconfiança do Departamento Médico. Ele foi uma das primeiras contratações da gestão Romildo Bolzan Jr e assumiu um risco em cláusula posta no primeiro contrato.

Ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, Marcelo conta que colocou uma cláusula que, se ficasse algum jogo de fora por dor ou lesão no mesmo joelho, toparia rescindir o contrato na hora sem receber nada.

“Era 2007, eu tinha 20 anos e rompi os ligamentos do joelho esquerdo em um jogo no Morumbi. Fui pra cirurgia, ganhei alta dois dias depois e no outro dia voltei a ser internado com infecção hospitalar. Fiquei com a perna enorme. Fiquei 1 ano e 10 meses sem jogar. Por isso que minha carreira foi sempre de superação. Os médicos dos clubes olhavam os exames e sempre diziam que era um milagre eu estar jogando”, relembrou, antes de falar da corajosa cláusula de 2015:

“Quando eu cheguei no Grêmio, o médico olhou um exame e disse que eu não teria como jogar. Mas admitiu que não tinha como questionar os meus números. Mesmo com o joelho assim, sem nem conseguir dobrar, eu fiz 100 jogos em dois anos pelo Palmeiras. Tratei com a direção e com o Romildo, e botamos uma cláusula no contrato que se eu ficasse sem jogar por problema no joelho, podia rescindir na hora sem me pagar. E tinha essa cláusula no primeiro ano mesmo. Mas depois renovamos”, vibrou.

No Grêmio, Marcelo Oliveira foi titular na conquista da Copa do Brasil de 2016, que tirou o time da fila de grandes títulos que já durava 15 anos. Depois, em 2020, sofreu nova grave lesão no joelho direito em jogo contra o Juventude. Quando voltou, foi apenas para encerrar a carreira contra o Coritiba meses depois e logo após virou coordenador-técnico, cargo do qual acaba de ser demitido.

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