A antiga avalanche da torcida do Grêmio a cada gol marcado no Olímpico encantou o ex-centroavante boliviano Marcelo Moreno, que foi procurar vídeos no YouTube assim que soube do interesse do clube gaúcho no seu futebol no fim da temporada de 2011. Ele aceitou voltar ao Brasil e contou muitos bastidores da sua trajetória no tricolor em nova entrevista concedida ao jornalista Filipe Gamba:
Gol da vitória contra o Hamburgo na inauguração da Arena
“Isso que marca a nossa trajetória como jogador de futebol. São gols que o torcedor do Grêmio não esquece. Eu morei em outros lugares pelo futebol, mas quando volto para o Rio Grande do Sul o pessoal sabe que eu fiz gol na reabertura da Arena. Esse carinho é muito legal”
Vinda para o Grêmio em 2012
“Eu estava bem no Shakhtar Donetsk e estava com um bom salário. Com mais dois anos de contrato. Era um momento de dúvida, pois eu tinha outros lugares para poder jogar. Mas eu tinha conhecimento sobre o Grêmio, sobre a Geral, sobre a avalanche. Sabia que era um time conhecido internacionalmente. E que sempre brigava por títulos. Quando chegou a proposta do Grêmio, comecei a procurar vídeos no YouTube e me encantei. Cada gol, vinha a avalanche. Pensei: ‘Quero ir e fazer muitos gols lá’. É verdade, não é média com ninguém. Isso me motivou”
Relação com Vanderlei Luxemburgo
“Ele não fez o correto. Eu era o artilheiro do elenco e todos se davam bem comigo. Eu era um cara de grupo, não tinha bola perdida para mim. É difícil fazer 21 gols na temporada. Acho que faltou o Luxemburgo conversar comigo. É um excelente treinador, grande líder, mas faltou aquele papo de homem para homem. Dizer que gostava de mim, mas que iria trazer mais um atacante para concorrer”
Concorrência no Grêmio em 2013
“Chegou Barcos, chegou Willian José, o Wheliton, chegaram uns quatro atacantes de área. E faltou aquela comunicação dele comigo. Isso me levou a tomar a decisão de ir para o Flamengo. Eu queria jogar. Fiquei um mês e meio tentando me encaixar no Grêmio. Eu tinha contrato e adorava o clube. Mas faltou a comunicação. Nenhum jogador é perfeito, assim como os treinadores”
Alguma mágoa?
“Não guardo mágoa de ninguém. Na vida, temos que saber levar, saber ter jogo de cintura. Saber ter um ‘me perdoa’. No futebol é difícil. Mas sem mágoas. Eu considero o Luxemburgo um dos melhores treinadores da minha carreira. Ele sabe muito. É muito vencedor. E tenho orgulho de ter trabalhado com ele”
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