Para muitos, o melhor Inter em muitos anos. E, para os outros, pelo menos a certeza de que foi um time capaz de vencer a Copa Sul-Americana diante de grandes camisas como Grêmio, Boca Juniors e Estudiantes. Adorado pela torcida, o colorado de 2008 voltou a ser tema na imprensa a partir da entrevista do lateral-esquerdo Marcão à Rádio Gaúcha.
Titular absoluto naquela temporada, o antigo camisa 6 relembrou como o técnico Tite conseguiu transformar para melhor o time, tornando-o dono de um futebol vistoso e até hoje recordado:
“O Tite encontrou o equilíbrio naquele time. Eu jogava na lateral, o Bolívar também tinha iniciado a carreira nessa função. A gente, com a linha de quatro e mais o Edinho, dava consistência defensiva para dar liberdade para D’Alessandro, Alex e Nilmar decidirem o jogo lá na frente”, disse.
O time-base tinha Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro, Marcão; Edinho, Guiñazu, Magrão, D’Alessandro; Alex e Nilmar. Na final, o Inter venceu o Estudiantes por 1×0 na ida na Argentina e, na volta, perdeu no tempo normal no Beira-Rio pelo mesmo placar, mas marcou com Nilmar na prorrogação.
“Vencemos na Argentina, mas vimos que nada estava decidido para eles. Quando terminou o jogo, o time deles foi saudar a torcida mostrando que estavam vivos para a volta. A gente sabia que não podia cair na euforia da nossa torcida, que já estava comemorando o título. Foi muito difícil conquistar esse título porque eles não desistiram em nenhum momento (…) o time deles estava melhor no jogo quando fizeram o gol. A gente conversou que era melhor se fechar para segurar o resultado do que se abrir e perder. Deixamos passar aquele momento que o Estudiantes era melhor. Na prorrogação conseguimos jogar melhor e fizemos o gol do título”, acrescentou Marcão.
Este título surge exatamente no meio da “era dourada” do Inter entre 2006 e 2010, iniciada e terminada com os títulos das duas Libertadores.