
O técnico Mano Menezes se “assustou” no jogo de reestreia no Grêmio, fora de casa, contra o Godoy Cruz, pela Sul-Americana. Ele próprio usou esta palavra em entrevista dada à Rádio Imortal, relembrando que, naquele específico confronto, o seu time não conseguiu ganhar duelos e disputas contra os rivais, dada a má condição física do elenco.
Para Mano, que não citou nominalmente o treinador anterior Gustavo Quinteros, o Grêmio ainda era “desorganizado” defensivamente, de uma forma que fazia os laterais constantemente sofrerem com os avanços dos rivais:
“A parte defensiva da equipe estava muito desorganizada para o meu gosto. Não que fosse desorganizada para a ideia do treinador anterior. Mas os extremas eram orientados para não recuarem. Isso criava superioridade numérica do adversário no nosso campo defensivo. No Mundial, temos visto equipes se defenderem com os 11 atrás da bola em um espaço de 25 metros. No Brasil, isso seria assustador e todos reclamariam de retranca, ainda mais eu com a minha fama”, disse Mano, antes de ampliar:
“Os nossos laterais sofriam muito defensivamente. O segundo ponto, que para mim foi muito assustador, foi não ter ganho um duelo no primeiro jogo contra o Godoy Cruz na Argentina. Perdemos todas as disputas que o nosso time esteve envolvido. Isso foi um indício claro que estávamos bem abaixo do que o futebol atual exige”.
Poucas contratações no Grêmio até agora
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Desde o retorno de Mano Menezes, o Grêmio só contratou um jogador, o meio-campista Alex Santana, que inclusive foi titular no jogo-treino diante do Aimoré nesta quarta-feira. Para o treinador, é necessário ser cada vez mais criterioso no mercado:
“Tenho a tese de que se você tem alguma dúvida em cima de alguma contratação, você não deve contratar. Não adianta encher de contratações, porque daqui a pouco, quando você realmente precisa de um jogador, você não vai ter dinheiro para entrar para disputar. Eu falei recentemente que 80% ou 90% dos nossos jogadores no Brasil são semelhantes. Então, você tem que aproveitar o elenco que tem e tem que olhar para a base”, finalizou.
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