Em entrevista publicada nesta semana pelo jornalista Duda Garbi, o técnico Lisca concedeu várias declarações envolvendo momentos diferentes da sua carreira e relembrou, por exemplo, a curta passagem para tentar tirar o Inter do rebaixamento nos três jogos finais de 2016. Ele confirmou que o ambiente do clube na época não era bom e que um dos jogadores – que não teve o nome citado – até recusou as roupinhas coloradas para um filho recém-nascido na época.
Lisca, que está sem clube desde a saída do Vasco no meio de 2021, admitiu que esperava ser convidado pelo Inter antes de Diego Aguirre, mas negou manter qualquer tipo de mágoa por não ter sido convidado:
Convite em 2016:
“Era madrugada quando o Fernando Carvalho me ligou e me chamou na casa dele. A minha ideia era não aceitar. Fui no trajeto pensando em dizer não. Mas chegando lá, e estava o Piffero também, não tinha como dizer não. Até pela ligação que eu tinha com ele, foi quase um chamado. Ele me disse que acreditava ainda e eu também fui acreditando, mas depois de perder para o Corinthians não adiantava mais”
O rebaixamento:
“Nós dependíamos do Figueirense, que tinha jogo com o Vitória e depois contra o Sport na última rodada. Eu liguei pro Marquinhos Santos, que era o treinador e também é meu amigo. Perguntei como estava a situação e ele me disse que não iria ter como. Deu o acidente da Chapecoense e uns seis ou sete já tinham ido embora, ele me falou. Aí me disse que tentaria fazer uma retranca contra o Sport, mas que os caras não estavam querendo mais. Mesmo se tivéssemos vencido o Fluminense, não teria adiantado”
História nunca contada sobre a queda do Inter:
“Tem uma coisa que eu nunca revelei. Naquele período no Inter as assistentes sociais estavam me ajudando bastante, tentavam ajudar as famílias também. Uma delas foi na casa de um jogador levar roupinha do Inter pro bebê dele que tinha nascido e ele recusou. Disse que essa cor não entraria ali. E vinha como titular. Quando eu soube disso, pensei: ‘Ah é? Não entra mais a cor vermelha? Então tá’. Tirei do time e já não jogou contra o Cruzeiro. Eu nunca contei essa história”
Possível convite do Inter antes de Aguirre:
“Ali eu achei que tinha uma grande chance. Cheguei a me aquecer (risos). Todos ali da direção me conhecem, exceto um pouco o presidente Alessandro, já que conversamos uma ou duas vezes. Mas acabou não acontecendo, e eu respeito. Não me encarno mais nisso. E o Aguirre também tem muita história no clube, é um cara conhecido, fez o seu trabalho”