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Liderança inabalada? Entenda a pergunta que incomodou Renato em coletiva de imprensa

Técnico gremista não gostou de questionamento e fez críticas à postura da Bandeirantes

Ao deixar claro que sairá do Grêmio se um dia sentir que perdeu o “comando” do grupo, o técnico Renato Portaluppi, em coletiva virtual de imprensa nesta segunda-feira, mostrou incômodo com a pergunta feita pelo repórter Matheus D’Ávila, integrante da equipe de esportes da Rádio Bandeirantes.

O questionamento ocorreu logo depois da vitória do Grêmio por 2×1 sobre o Bragantino, na Arena, pelo Brasileirão, em jogo marcado pela saída de Maicon direto ao vestiário no segundo tempo e o incômodo de Pepê ao ser substituído. Confira o “diálogo” entre repórter e treinador:

D’Ávila: “Renato, você já foi questionado sobre o lance envolvendo o Maicon, o seu capitão. E você sente que a sua liderança segue inabalada perante os jogadores no vestiário? Você tem esta garantia? É um ano atípico. Já faz quatro anos que você comanda esse grupo de jogadores e muito se fala em fadiga dos metais, por vezes. Você sente que ainda é o líder que sempre foi colocado como referência do vestiário?”

Renato: “Esse pessoal da Band, hein. Meu Deus do céu. Em primeiro lugar: no dia que não tiver comando no meu grupo, eu peço para ir embora. Você pode ir lá perguntar pro Maicon ou pra outro jogador sobre o comando do Grêmio. Eu gosto de ver o jogador bravo, tanto é que não tirei o Maicon quando ele me pediu. Então você pode ficar tranquilo, bem tranquilo. Que eu estou muito tranquilo. Da próxima vez, faz uma perguntinha melhor. Sempre vocês da Band. Sempe com lenhazinha na fogueira, gasolina… vocês (da Band) tem que agradecer a dupla Gre-Nal. Vocês dependem do futebol. Continua com tuas perguntinhas assim, que você vai continuar tendo esse tipo de resposta. Próxima”

Confira as principais declarações de Renato Portaluppi em coletiva após a vitória e o vídeo da entrevista completa: 

“Futebol bonito no Brasil vocês têm que cobrar de duas equipes: Flamengo e Atlético-MG. Precisa cobrar pelo o que eles gastaram. Enquanto eu não tiver 200 milhões para gastar, não terá sempre futebol bonito”
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“Se um dia a diretoria do Grêmio me falar que eu tenho R$ 200 milhões pra gastar, aí vocês me cobrem futebol bonito. Se não, vai continuar sendo altos e baixos. O Grêmio não gastou R$ 200 milhões. Muita calma nessa hora. O Grêmio está em três competições”
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“O que eu vejo, no geral, é a imprensa no Brasil todo cobrando grandes apresentações. O Grêmio mudou muito. Muita gente cobra o futebol bonito, e esquece o resultado”
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“Eu gostaria de ser um mosquitinho, ou um detetive, pra seguir vocês da imprensa. Gostaria de saber um pouco da vida de vocês, queria ver no dia a dia de vocês para ver se também não tem problemas. Escrever, falar na TV e na rádio é muito fácil”
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“Eu não sou padre, eu não tenho time de freiras. Eu tenho um time de homens. O Pepê saiu daquela forma porque estava se cobrando, eu estou aqui há quatro anos e não tive uma discussão com jogador. Só tem duas formas de não ter discussão em campo. Ou se for um time de freiras ou se for um time de surdos e mudos”
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“Eu conversei sim com o Claudinho, é um grande jogador. Mas não é só o Claudinho que eu conversei, sempre converso com jogadores. Disse pra ele perguntar pro David Braz, que eles são amigos. Isso é pensar na frente”
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“Ele (o Maicon) já havia me pedido para sair, e eu disse não. Depois, ele pediu para sair de novo. Já que ele pediu duas vezes pra sair, eu tirei. O Maicon é um jogador intenso. Já conversamos no vestiário, ele sabe da importância dele para a equipe. Não gosta de perder nem par ou ímpar, como eu. Naquele momento talvez as coisas não estivessem boas pro nosso time no jogo. Mas o mais importante é a vitória”

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