Os colorados mais velhos, com o fanatismo forjado nos árduos anos da década de 90 e início de 2000, fatalmente lembram até hoje o sofrimento que foi ver Leandro Guerreiro perder uma bola dominada para o cruzeirense Geovanni no Mineirão. Até o lance, a classificação era do Inter às semifinais da Copa João Havelange, mas o erro do volante custou caro.
A jogada acabou terminando com um gol de Fábio Júnior, que fez o Cruzeiro chegar ao 3×2 e, assim, se classificar para pegar o Vasco da Gama na semifinal. Na época, o treinador colorado era Zé Mário, que relembrou o episódio em live nesta quinta-feira ao perfil “Já Joguei no Inter”, do Instagram.
“São coisas de jogo. Não lembro de ter falado nada específico para ele. Tinha muito crédito, foi um dos mais regulares nossos no campeonato. Depois até virei padrinho de casamento dele. Erros acontecem, eu joguei e sei como é dentro de campo. O jogador do Cruzeiro também foi muito esperto. Ficamos vulneráveis atrás, porque o Ronaldo já esperava o passe. E o jogador que fez o gol ficou livre. Mas não teve conversa não. Coisas de jogo”, comentou.
“Nós estávamos fazendo uma bela partida e éramos melhores no jogo. Eu lembro até do Felipão estar sentado no banco de reservas. Tinha largado o jogo, desistido. Foi uma infelicidade, mas não tem que conversar nada, não. Errar um passe, perder uma bola, são coisas de jogo, não são irresponsabilidades”, acrescentou Zé Mário.
Em uma época de grave financeira e início da reestruturação, o Inter de 2000 apostou em alguns jogadores mais jovens como Rochemback, Juca e o próprio zagueiro Lúcio, ainda emergente no futebol brasileiro. A campanha de quartas de final na João Havelange, que substituiu o Brasileirão da época, chegou a ser considerada surpreendente.