Horas depois de polemizar ao sugerir “contexto racista” nos atos de vandalismo contra a placa de Roger Machado na calçada da fama do Grêmio, o jornalista colorado Leonardo Behs gravou um novo vídeo nas redes sociais e afirmou que o tricolor também é “vítima” desta situação. No sábado, o espaço de homenagem na Arena ao atual treinador colorado amanheceu concretado, totalmente descaracterizado.
“Para deixar bem claro sobre o meu vídeo que causou polêmica sobre o ataque à calçada da fama do Grêmio. O Grêmio também é vítima desse ataque, desse vandalismo e desse atentado ao seu patrimônio, sua história e seu memorial. É vítima, sim, junto com o Roger. E insisto: misturado ao cimento colocado em cima dos pés da homenagem a Roger, há também o ódio. Abraço”, disse Behs, no segundo vídeo.
O primeiro comentário feito pelo jornalista colorado causou revolta em vários gremistas nas redes sociais, como o também jornalista Alex Bagé e o ex-vice-presidente de futebol do clube, Paulo Caleffi. Ainda no sábado, o Grêmio fez Boletim de Ocorrência e acionou a polícia para a investigação do caso de vandalismo na calçada da fama.
O que disse Leandro Behs sobre Roger na calçada da fama do Grêmio?
“De repente, surge um ato de vandalismo e de ódio na Arena. Um ato que, até conversando com um líder do Movimento Negro do Rio Grande do Sul, não foi só ato de ódio e de desagravo a um ídolo que passou para o rival. Foi um ato de racismo também. Vamos lá: Bonamigo está na calçada da fama do Grêmio, é branco e jogou no Inter. Valdir Espinosa, está lá, é branco, treinou o Inter. Mauro Galvão, a mesma coisa. Carlos Miguel, funcionário do Grêmio, branco, jogou no Inter também. E nunca aconteceram atos contra eles”
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“Mas com Roger houve um ato de racismo. Tanto que o Grêmio já abriu Boletim de Ocorrência para descobrir quem fez isso. Há um contexto racista nisso tudo também. Citei quatro exemplos de profissionais que também trabalharam no Inter e nunca sofreram nada. E nem devem sofrer. Mas não é só o fato de Roger ser ídolo do Grêmio, ter ganho o Gre-Nal e vestir a camisa colorada. Há racismo, sim. E isso precisa ser investigado. O que vai acontecer amanhã? Quem faz isso, pode fazer outras coisas”