Tendo a vantagem de 2×1 construída no jogo de ida, no Couto Pereira-PR, na terça-feira anterior, o técnico Renato Portaluppi decidiu montar um Grêmio mais resguardado defensivamente na partida desta semana, contra o Fluminense, no Maracanã, pela volta das oitavas de final da Libertadores. A escalação gremista, que gerou críticas da torcida e da imprensa, teve três zagueiros e nenhum meia de armação.
A estratégia não deu certo e o Grêmio virou o intervalo perdendo de 2×0, tendo que buscar o resultado no segundo para forçar os pênaltis – isso foi alcançado, mas, na marca da cal, o Fluminense levou a melhor. Porém, a informação é de que, antes disso, os jogadores gremistas não gostaram da escalação montada por Renato. A revelação foi feita pelo repórter Filipe Kunrath, da Rádio Imortal.
O time iniciou com Jemerson, Gustavo Martins e Kannemann na defesa, Dodi e Villasanti no meio e Soteldo, Pavón e Braithwaite no ataque. Logo no intervalo, Renato desfez a linha de três zagueiros com Cristaldo na vaga de Kannemann. Ao mesmo tempo, Gustavo Nunes – autor do gol tricolor – entrou no lugar de Pavón.
Antes do término da partida, Renato ainda lançou Miguel Monsalve a campo no lugar de Dodi e Nathan na vaga de Soteldo. Por fim, o centroavante uruguaio Matías Arezo ganhou minutos em troca de Braithwaite, já que Diego Costa não esteve disponível no banco por dores musculares.
Renato não viu erro em sua estratégia
Em coletiva de imprensa após a eliminação, Renato foi questionado pelos jornalistas por sua estratégia inicial e não viu “erro” na escalação, apesar de ter reconhecido o domínio do Fluminense no primeiro tempo.
“Porque no primeiro jogo contra o Fluminense a gente jogou com dois zagueiros e deu bastante espaço para eles, coisa que não poderia acontecer hoje. A gente tinha que ser mais malandro, essa é que é a verdade, durante o primeiro tempo para não tomarmos aqueles dois gols”, disse Renato.
A insatisfação com Renato não domina a direção do clube, que não cogita qualquer tipo de mudança neste momento. O treinador segue com total moral com os dirigentes, principalmente com aquele que mais importa, o presidente Alberto Guerra.
“Eu sou presidente do clube e confio muito no nosso treinador. Nós temos um dos melhores treinadores do Brasil e da história do Grêmio. Ele é multicampeão e eu confio nas decisões tomadas por ele”, afirmou Guerra, na zona mista do Maracanã.
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