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Jogadores do Grêmio e Renato fazem fortes manifestações contra a continuação dos jogos

De máscara no rosto antes e depois do jogo, Renato Portaluppi liderou o protesto do Grêmio neste domingo durante a vitória por 3×2 de virada sobre o São Luiz, na Arena. O treinador e os jogadores se manifestaram fortemente pedindo a paralisação dos jogos por conta da pandemia de coronavírus.

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Selecionamos, abaixo, as principais falas sobre o tema:

Jean Pyerre: “É muito diferente jogar sem torcida. Esse silêncio relembrou muito meus tempos de base. Espero que isso sirva pra mostrar que a falta da torcida também prejudica a gente. Se é pra tirar eles, somos ser humanos, temos que parar também”.

Matheus Henrique: “É ruim jogar sem torcida, sou favorável que o campeonato seja paralisado. O vírus é muito perigoso para todos”.

Thiago Neves: “Empatamos e depois foi merecida a vitória por tudo que fizemos. Tomara que sofra paralisação, não estamos imune ao vírus. Vamos ver como fica e torcemos pela parada”.

Renato pensa até em greve

A manifestação mais contundente foi a de Renato Portaluppi. Em sua coletiva, ele sugeriu até greve se a Federação Gaúcha de Futebol e outros estados do país não pararem as partidas. Ele acredita que o Gre-Nal marcado para sábado que vem, no Beira-Rio, não vai acontecer.

“Essa homenagem que o Grêmio fez hoje foi para as quase 6 mil pessoas que morreram de coronavírus no mundo. O Grêmio protestou porque jogador de futebol e comissão técnica são gente. A torcida fica protegida e dane-se quem trabalha no futebol? Nós esperamos que as pessoas responsáveis tenham bom senso para parar o campeonato. Tem que parar no Brasil inteiro. Se não quiserem parar, que assumam. Será que vai ter alguém com essa coragem ou a gente vai ter que entrar em greve?”, disse, antes de concluir:

“Vida não tem preço. Eu gosto da minha vida. Não acredito que alguém vai peitar o futebol brasileiro. Será que a gente vai chegar no ponto que os líderes dos times vão se reunir? Acho que não precisa disso. Nós somos humanos também. Temos famílias (…) acho que vai parar o Campeonato Gaúcho. Como vai ter clássico? Ah, não vai ter torcida, mas dane-se os jogadores? Dane-se a comissão técnica? A gente não tá pedindo nada demais. Se tudo para porque o futebol não vai parar?”.

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