Quem acompanhou a reprise de Inter 1×0 Barcelona neste domingo, pela grande final do Mundial de 2006, viu uma atuação valente e até segura de Edinho na cabeça de área colorada. Poderia ser o momento mais sublime de sua carreira, não fosse ele próprio contrariando o feito ao colocar, em 2015, que a vitória de 5×0 no Gre-Nal da Arena – dessa vez, jogando pelo Grêmio – superava todos os seus títulos.
A declaração, naturalmente, pegou muito mal entre os demais jogadores colorados que venceram a Libertadores e depois o Mundial. Ao site GaúchaZH, o lateral-direito Ceará fez revelações: os atletas de 2006 “votaram” a presença ou não de Edinho no grupo de WhatsApp e a polêmica postura do volante foi pela mágoa de não ter conseguido voltar ao Beira-Rio entre 2014 e 2015.
“A gente teve muita resistência para incluir ele no grupo, fizemos até votação. A gente entende que o futebol mexe com a emoção e aqueles que não tem discernimento fazem declarações equivocadas, no calor da sensação do momento de ganhar um clássico da maneira como ele ganhou”, disse Ceará, antes de completar:
“Às vezes o jogador quer atingir um dirigente e não o clube, a instituição, a torcida e acaba generalizando uma situação que não cabe no momento e acho que foi isso que aconteceu, ele queria voltar para o Inter, o Inter não abriu as portas, ele foi para o rival e acabou dando essa declaração infeliz. Mas o Edinho tem um coração muito bom, gente boa e espero que a torcida entenda, afinal, ele faz parte dessa conquista tão expressiva e tão importante. Tivemos algumas resistências no início, pedimos para ele se retratar para que ele pudesse receber a nossa reverência novamente e agora ele segue no grupo”.
Edinho ficou no Inter de 2003 a 2008, quando foi vendido ao Lecce, da Itália. Multicampeão pelo colorado, ele desabafou recentemente pedindo o perdão de sua antiga torcida. Atualmente, está sem clube desde que saiu do Vila Nova-GO.