
Durante a pausa no calendário brasileiro por conta da realização da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, o Internacional aproveita o período de folga para observar atentamente o desempenho de seus futuros adversários nas Copas. Flamengo e Fluminense, que disputam o torneio internacional, serão os rivais do Colorado nas oitavas de final da Libertadores e da Copa do Brasil, respectivamente.
Mesmo com um elenco considerado menos estrelado, o Inter acredita que pode surpreender — e encontra inspiração em um resultado recente que sacudiu o futebol mundial: a vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o Paris Saint-Germain, atual campeão da Champions League, na fase de grupos do Mundial.
O feito do clube carioca, que superou um dos elencos mais caros do planeta com uma atuação coletiva sólida, serviu como combustível para o otimismo no Beira-Rio. O vice-presidente de futebol do Inter, José Olavo Bisol, comentou o impacto simbólico da vitória alvinegra:
“Não vejo essas distâncias competitivas que se desenham no futebol em geral. O próprio Mundial de Clubes nos demonstra isso, porque nós, brasileiros, nos colocamos em uma situação de que não teríamos a mínima capacidade de jogar contra os europeus e estamos vendo que não é assim. O jogo do Botafogo com o PSG foi isso, reconhecido pelo próprio treinador do PSG. Temos muita confiança de fazer grandes enfrentamentos e buscar nossa classificação nas copas”, afirmou Bisol ao jornal Zero Hora.
Inter aposta em preparação intensa e elenco competitivo
A reapresentação do elenco está marcada para o dia 28 de junho, e a comissão técnica de Roger Machado terá pouco tempo para preparar a equipe para os desafios do segundo semestre. O Inter enfrentará o Fluminense nas oitavas da Copa do Brasil e o Flamengo nas oitavas da Libertadores — dois dos elencos mais badalados do país.
Apesar disso, a direção acredita que o grupo colorado tem capacidade de competir em alto nível. A pausa no calendário é vista como uma oportunidade para recuperar jogadores lesionados, ajustar o modelo de jogo e fortalecer o ambiente interno.
“Temos muita confiança no nosso grupo. Sabemos que os confrontos serão difíceis, mas acreditamos na força coletiva e na preparação que estamos fazendo para voltar com tudo”, reforçou Bisol na mesma entrevista.
Vitão segue valorizado, mas clube quer mantê-lo
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Outro tema abordado por Bisol foi a situação do zagueiro Vitão, de 25 anos, que voltou a ser alvo de clubes europeus como Betis, Sevilla e Porto. O defensor, que tem contrato até o fim de 2026, é considerado um dos pilares do elenco e já soma 167 jogos com a camisa colorada.
Apesar do assédio, o Inter ainda não recebeu proposta oficial e pretende manter o jogador ao menos até o fim da temporada. Bisol foi direto ao comentar o tema:
“Vitão é um ativo nosso, um jogador extremamente importante, eu o considero como um dos melhores zagueiros do Brasil, ou até o melhor zagueiro do Brasil. Mas temos outros ativos no grupo. Pode ser que o mercado prefira jovens e dê oportunidades para nosso pessoal da base, como aconteceu ano passado com o Gabriel Carvalho. Os meninos têm mostrado bastante procura do mercado. Não existe jogador inegociável. Mas nossa estratégia é não perder competitividade, se eventualmente isso acontecer, vamos ter de buscar reforços à altura”, declarou o dirigente.
Assédio europeu cresce, mas Inter resiste
De acordo com o portal Futebol Interior, o Inter já recebeu sondagens informais por Vitão, mas nenhuma oferta concreta foi apresentada até o momento. O clube detém 80% dos direitos econômicos do zagueiro e acredita que ele pode render mais do que os €10 milhões oferecidos pelo Betis em 2024.
A ideia da diretoria é segurar o defensor ao menos até o fim do ano, especialmente diante da possibilidade de perder outras peças da defesa, como Rogel, que deve retornar ao Hertha Berlim, e Mercado, ainda em recuperação física.
Calendário exige foco e profundidade de elenco
O Inter terá uma sequência decisiva logo após a retomada da temporada. Além dos confrontos pelas Copas, o clube precisa reagir no Campeonato Brasileiro, onde ocupa a parte inferior da tabela. A expectativa é que o grupo volte com força total e que a preparação durante a pausa seja suficiente para elevar o nível de competitividade.