O Inter voltou a movimentar um dos capítulos mais polêmicos da história do futebol brasileiro. O clube gaúcho pretende reabrir o caso do Campeonato Brasileiro de 2005, ano em que terminou como vice-campeão, atrás do Corinthians, em uma edição marcada por denúncias de manipulação de resultados. A nova iniciativa envolve a contratação de um perito em arbitragem e a montagem de um dossiê técnico e jurídico que será apresentado à CBF.
A ideia é revisar as partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho, árbitro flagrado à época em um esquema de apostas ilegais que levou à anulação de 11 jogos do Brasileirão. O Colorado quer demonstrar que, mesmo sob suspeita, as partidas não tiveram interferência direta nos resultados que poderiam alterar a classificação final — o que configuraria um prejuízo esportivo ao clube.
Inter busca base jurídica para dividir o título com o Corinthians
De acordo com informações apuradas pelo Zona Mista, o objetivo da diretoria é pleitear junto à CBF o reconhecimento de um título dividido com o Corinthians, a exemplo de outros casos recentes em que a entidade revisitou competições antigas para reconhecer campeões — como ocorreu com clubes paulistas em torneios pré-Brasileirão.
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O ex-presidente Fernando Carvalho, que comandava o Inter em 2005, tem participado ativamente da coleta de documentos e depoimentos. O dirigente tem sido um dos principais defensores da reabertura do caso, especialmente após a exibição do documentário Máfia do Apito, no canal SporTV, que reacendeu o debate sobre as irregularidades daquele campeonato.
Antes mesmo dessa nova mobilização, Carvalho já vinha manifestando publicamente sua posição sobre o tema. Em entrevistas recentes e postagens nas redes sociais, ele reiterou que a divisão do título seria a solução mais justa, levando em conta os danos causados ao Inter pela manipulação de resultados.
“O Inter foi o maior prejudicado daquele campeonato. A anulação das partidas não beneficiou o clube, e a revisão histórica é uma questão de justiça esportiva”, defendeu Fernando Carvalho em entrevista à Rádio Guaíba.
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O clube ainda não estipulou prazo para a entrega do dossiê à CBF, mas a diretoria trabalha para formalizar o pedido até o final deste ano, em um movimento que conta com apoio de conselheiros e ex-dirigentes colorados.


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