Iarley aponta erros de Ramírez no Inter e cita principal diferença a partir da chegada de Aguirre: “Sabe o pensamento dos torcedores”

Ex-atacante colorado concedeu entrevista ao jornalista Luiz Carlos Reche nesta semana

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Com a autoridade de quem foi o melhor em campo no título mundial do Inter em 2006, o ex-atacante Iarley concedeu entrevista ao jornalista Luiz Carlos Reche no programa Cadeira Cativa, nesta semana, apontando a sua visão sobre os principais temas recentes envolvendo o clube.

Ele, que foi demitido recentemente das funções que exercia na base, avaliou que Ramírez não tinha o conhecimento da cultura do Inter e que errou ao tentar implementar mudanças radicais em curto espaço de tempo. E que Diego Aguirre, o novo técnico, tem a vantagem de conhecer tanto a cultura do Inter como o pensamento dos colorados.

Trabalho de Ramírez:

“Não por ele não ser experiente, mas pelas características dos jogadores. O espanhol por si só é mais frio, calculista, tranquilo. Mas pro Inter esse perfil não dá certo. O treinador tem que jogar com o time, com o torcedor. A gente via isso nos Gre-Nais. Você precisa ter a tática, a estratégia, beleza, mas o que define Gre-Nal é a atitude do jogador. E víamos o Inter respeitando a proposta de jogo. Mas quando não dava certo, você não via mudança de atitude. Se não está dando certo, os jogadores precisam encontrar alternativas dentro de campo. Faltou essa clareza dos atletas”

Mudanças tentadas:

“Mudar a maneira de jogar não é o problema, desde que você respeite a cultura do clube e a instituição. Uma coisa é querer mudar a maneira de jogar e de comportar do clube. Mas o Inter é um time sanguíneo, de guerrear. Você querer uma mudança radical… acho que aí foi o problema. Não precisava fugir tanto do que vinha sendo feito com o Abel. Dá continuidade e vai implementando os conceitos. Isso era o mais acessível. Mas infelizmente não deu certo”

Diego Aguirre:

“Aguirre conhece bem a casa. Sabe a cultura do clube, o pensamento dos torcedores. Acima de tudo o torcedor precisa ser respeitado. O torcedor quer um time dentro de campo, que lute até o final. Gostei da chegada do Aguirre. Ele deixou claro que essa identidade tem que ser resgatada. E essa identidade não foi respeitada no último trabalho”

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