Na chegada a Belo Horizonte para Cruzeiro x Grêmio pelo Brasileirão nesta quarta-feira, o presidente Alberto Guerra, do Grêmio, concedeu uma quente e tensa coletiva de imprensa respondendo a informação de possíveis críticas de Martin Braithwaite aos treinamentos e preparação do clube. Segundo ele, o repórter Diogo Rossi, que foi quem divulgou, soltou “fake news” e é um “filho de chocadeira”.
Diogo Rossi, porém, não foi o único jornalista detonado por Guerra na sua coletiva na entrada do hotel que servirá de concentração em Belo Horizonte. Irritado, o presidente também atacou o repórter Cesar Fabris, da Rádio Imortal, por este profissional exercer outras funções como empresário e assessor de imprensa. O mandatário gremista, como você vê logo abaixo, ainda garantiu cobranças ao técnico Renato Portaluppi e elogiou a campanha do Inter.
EXCLUSIVA – Patrício pede mais raça aos jogadores do Grêmio e cita bastidores da Batalha dos Aflitos: “Quem viu, viu”
Situação atual do Grêmio
“A gente está ciente da situação do Grêmio sim. Chegamos no final do campeonato em uma situação delicada. Foi um ano atípico, de bastante dificuldade e tivemos momentos que poderíamos ter uma recuperação, mas não tínhamos todo o elenco. Como aconteceu contra o Juventude. Não contar com cinco jogadores fez a diferença. Todos os acontecimentos abalam a confiança de todos. Mas a gente tem a convicção que o Grêmio não vai cair. Nos últimos cinco jogos, só não pontuamos contra o Palmeiras. É continuar trabalhando e ter serenidade e calma nessa hora”
Comunicação do Grêmio e críticas a Cesar Fabris
“No pós-jogo, como acontece há anos no Palmeiras e em outros clubes, quem fala são os atletas e os jogadores. Os dirigentes não falam mais. Vocês da imprensa querem conteúdo, precisam da gente e talvez a gente não esteja na mesma disponibilidade. Fabris, no teu caso é o seguinte, ou tu é assessor de imprensa, ou tu é agente de jogador ou tu é repórter. Os três juntos não dá. A pessoa tem que seguir quem tem credibilidade”
Cobranças a Renato
“É claro que o Renato é cobrado. Não tenha dúvida. Nós temos reuniões semanas, duas ou três vezes. Avaliamos todos os jogos e colocamos o nosso pensamento. Isso é normal. Tudo vai ser levado em consideração, mas não é o momento de conversarmos se vai ficar ou não. Queremos mais pontos para planejar o próximo ano. Fica difícil planejar por enquanto. Há pouco tempo, se tivéssemos G9, poderíamos até sonhar com Libertadores. O que combinamos com todos é que vamos primeiro tirar o Grêmio dessa situação e depois conversaremos”
Campanha de recuperação do Inter
“Sobre o Inter estar bem, os méritos são deles. Entendo a comparação, mas o fato de o Inter ter se adaptado melhor não tira todos os prejuízos que o Grêmio teve. Foi uma combinação de fatores, não apenas a enchente. Cometemos erros, todos nós. Ganhamos juntos e perdemos juntos. Nessa combinação de fatores, chegamos aqui. O fato de o Inter ter se adaptado bem não significa que todos se adaptariam assim. O Inter teve um problema maior patrimonial, mas tiveram o estádio mais cedo. Tem méritos pela excelente campanha que estão fazendo. Mas isso não quer dizer que o que a gente sofreu não seja causa do que estamos passando“