
O presidente Alberto Guerra fez um balanço da sua gestão no Grêmio em nova entrevista ao Correio do Povo e mudou uma postura que vinha defendendo desde o começo do trabalho em 2023. Na época, ele se mostrava contra o modelo de SAF na administração do clube, mas, agora, o seu pensamento já passa a ser bem outro para o futuro:
“Me elegi contra a SAF e defendi isso por mais de dois anos. Mas hoje sou favorável. Talvez eu seja o único dirigente a dizer isso com clareza. Precisamos da proposta certa, de uma empresa que conheça o esporte e queira vencer, e não apenas lucrar”, disse, antes de ampliar:
“O Grêmio continua sendo gigante. Passamos por fases ruins, como a atual, mas vamos nos reerguer. O time de hoje, que ainda precisa evoluir, é melhor do que o que encontrei quando assumi. Se mantivermos o rumo e tivermos paciência, podemos colher os frutos em breve, mas é um caminho difícil”.
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Grêmio atrás do Flamengo
Para Guerra, é natural que o Grêmio se encontre atrás de equipes como o Flamengo, cujo investimento vem sendo a cada ano maior desde a reorganização do clube:
“Todo mundo sabia que, no dia em que o Flamengo se organizasse, ficaria difícil. E aconteceu. Enquanto isso, o Grêmio gasta R$ 50 milhões por ano só com juros. Isso compromete o caixa e impacta diretamente na competitividade”, ampliou Guerra, que também falou do modelo de SAF que lhe agrada:
“Gosto do modelo do Bahia. Mas há vários caminhos possíveis. Enquanto não fecharmos nenhuma parceria, a receita é clara: reduzir dívidas e acertar no futebol. É no campo que se muda o rumo. As vitórias é que trazem mais recursos. E com mais dinheiro, o ciclo se retroalimenta. A questão é que, hoje, nossa margem de erro é menor que a dos concorrentes. Estou há dois anos e meio no cargo, e não teve um único dia em que acordei tranquilo sabendo que havia dinheiro para pagar todas as contas”, concluiu.
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