Em meio à grande comemoração pelo título mundial sobre o Barcelona, no Japão, em 2006, o ex-presidente do Inter, Fernando Carvalho, recebeu de Fabiano Baldasso a primeira ligação telefônica para ganhar parabéns. Na época, o jornalista ainda era repórter isento e não tinha se identificado como torcedor colorado, algo que só foi fazer em 2016 na Rádio Atlântida.
Carvalho, em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, ainda revelou saber o time de todos os setoristas da sua época de dirigente. Mas garantiu ter boa relação até hoje com todos eles:
Colorado terá velho conhecido como rival em seu grupo na Conmebol Libertadores de 2023; veja todas as chaves“Minha família tem sofrido ameaças de morte”, diz presidente do Inter após eliminação em casa“O Fabiano era da Fico (torcida organizada do Inter). Não me vem passar a conversa. Eu sei o time de todo mundo, mas me dou com todo mundo também. Ótima relação. Tenho um grupo de Whats com os setoristas da minha época e semestralmente a gente organiza um churrasco. A primeira ligação que eu recebi quando ganhamos do Barcelona foi do Baldasso”, disse Carvalho, antes de acrescentar:
“A primeira ligação. Eu estava lá no meio da comemoração e o Fabiano, em off, me ligou vibrando muito. Eu sabia. Mas eu dizia para ele sair do armário logo. Tem uns que saem, outros não”.
Carvalho não contrataria Suárez
Na mesma entrevista, o ex-mandatário colorado explicou por qual motivo não contrataria um jogador como Luis Suárez, que é o atual grande nome do Grêmio:
“Eu nunca contrataria o Suárez. Estou te dizendo mesmo achando que o Guerra acertou. Não é o meu conceito de contratação. Por exemplo: quando o Inter trouxe o Forlán, internamente eu manifestei minha opinião e disse para não contratarem. E acho que o Forlán não foi bem no Inter. Depois, o Guerrero. Embora tenha feito uns 50 gols, o custo-benefício não foi adequado. Eu não teria contratado nem o Guerrero nem o Forlán”, disse Fernando Carvalho, antes de ampliar:
“Esse tipo de desnível salarial eu não gosto. Não quero dizer que sou o dono da verdade. Quando o Corinthians contratou o Ronaldo, todos os dirigentes foram perguntados o que achavam da contratação. O único que disse que não contrataria fui eu. E errei. O Fenômeno deu certo. Mas eu gosto de coisas mais próximas da realidade, de contratar jogador que vai crescer dentro do clube”.
