Comprado depois de se destacar pelo Newell’s Old Boys, da Argentina, o atacante Ignacio Scocco durou pouco no Inter e não deixou saudades em Porto Alegre, tendo feito 20 jogos pelo colorado durante a temporada de 2013 e comparecendo às redes em apenas quatro ocasiões: dois contra o Botafogo, um contra o Salgueiro e outro contra a Ponte Preta. Mas o que aconteceu para uma passagem tão discreta?
Na época, o presidente colorado era Giovanni Luigi, que avaliou em entrevista ao jornalista Filipe Gamba ter acertado na contratação. Porém, o então mandatário reconheceu que o jogador não se adaptou ao ritmo do futebol brasileiro.
“Eu acertei em trazer o Scocco. Era um jogador que vinha em alta na Argentina, um goleador, veio para cá, fez gols importantes. Mas a expectativa era tipo a do Forlán. Ele não deu tanto resultado como poderia. Tanto é que depois ele sai daqui e se torna goleador novamente”, disse Luigi, antes de acrescentar:
“Ele, na verdade, pelo que fiquei sabendo, não se adaptou e quis voltar ao seu país ou ir para a Europa. Ele não se adaptou em jogar quarta e domingo. Achava muito diferente do que ele tinha condição até física de aguentar”, ampliou.
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Faltou adrenalina para o atacante no Inter
Na época, a direção colorada deixou vazar à imprensa que Scocco procurou o técnico Abel Braga na abertura de 2014 pedindo para sair sob alegação de que faltava “adrenalina”. E o treinador, claro, não manteve em seu elenco alguém que não queria ficar.
Inicialmente, Scocco deixou o Inter para atuar no Sunderland, da Inglaterra, onde também não teve trajetória longa. Voltou ao Newell’s e, em 2017, foi contratado pelo River Plate. Para tê-lo naquele meio de 2013, a direção colorada pagou cerca de US$ 6,5 milhões (R$ 14,3 milhões) ao Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos.
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