Ídolo da torcida do Inter e multicampeão pelo clube na década de 70, Paulo Roberto Falcão não nega ter até hoje mágoa pela forma que foi tratado na última passagem no Beira-Rio. Em 2016, dirigiu o time durante apenas cinco partidas na campanha do Brasileirão antes de ser demitido pela gestão de Vitorio Piffero. Posteriormente, o clube foi rebaixado de forma inédita.
Em entrevista concedida à Rádio Gaúcha neste último final de semana, Falcão considerou um “desrespeito” o que foi feito com ele naquela ocasião. E, sobre o futuro, deixou claro que pretende voltar a ser treinador, independentemente se for de time ou seleção.
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“A última no Inter nem foi passagem. Essa última foi um desrespeito. Sobre o trabalho, o coordenador precisa ter as condições para que ele possa montar o time. E o treinador vai treinar. O meu foco de hoje seria ser treinador, independente se time ou seleção. Tenho me preparado para isso, tenho viajado, tenho conversado com profissionais. Ninguém sabe tudo”, declarou.
Falcão, no ano de 2023, atuou como coordenador técnico do Santos, mas foi muito criticado pela torcida e imprensa local. O Peixe, que agora está de volta à primeira divisão, acabou sendo rebaixado de forma inédita após má campanha no Brasileirão.
Falcão e Ancelotti
Um amigo de longa data de Falcão é o atual técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, seu antigo colega de Roma, na Itália, nos anos 80. Nesta entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-Inter explicou por que o italiano não assumiu a Seleção Brasileira recentemente:
“Antes do jogo contra o City em abril, eu perguntei o que houve. Ele me explicou que tinha dito que aceitaria conversar, mas a prioridade era o Real Madrid. Se não acertasse com o Madrid, teria o maior prazer. O Real Madrid fez proposta (em dezembro de 2023) e o presidente da CBF foi afastado na mesma época”, afirmou Falcão, em fala publicada no site GZH.
“Não tem outro treinador de renome que tenha trabalhado com tantos brasileiros. Quando cheguei na Roma, ele cantava músicas do Brasil. Sempre teve afinidade com o Brasil. Uma vez ele disse que poderia treinar o Canadá (a mulher dele é canadense). Quando citaram o Brasil, ele arregalou os olhos”, ampliou.