Em um dos seus últimos atos como vice de futebol do Grêmio, Paulo Caleffi concedeu uma forte coletiva depois da vitória sobre o América-MG, na Arena, pelo Brasileirão. Além de ter tratado como “equivocada” a informação da época de que Suárez havia procurado a direção para se aposentar, o dirigente deu uma resposta muito ríspida ao repórter Matheus D’Avila – relembre tudo aqui.
Agora, em nova entrevista ao jornalista Farid Germano Filho, Caleffi explicou novamente o caso e disse ter ligado posteriormente para Matheus, onde pediu desculpas e justificou a postura adotada:
“Pode ter sido uma postura minha confundida com hostilidade com a imprensa em alguns momentos, especialmente no episódio com o Matheus D’Avila. Eu liguei pro Matheus, deixo registrado aqui e mando um abraço para ele. Falei com ele e expliquei o contexto para ele daquela manifestação. Ele foi o dano colateral daquela entrevista. Eu fui na coletiva com três situações para proteger: o Grêmio, o presidente Guerra e o Luis Suárez. Me preparei internamente para isso. Eu briguei com a notícia e isso incomodou. A informação (do pedido de aposentadoria de Suárez à direção) era equivocada”, disse Caleffi.
Caso Adriel no Grêmio
Horas antes do jogo contra o Cruzeiro, em Minas Gerais, pela segunda rodada do Brasileirão, Caleffi foi à imprensa explicar a saída do goleiro Adriel do time titular. Naquele momento, a situação causou surpresa pelo bom momento em campo que o hoje jogador do Bahia vivia:
“Falo com tranquilidade do caso do Adriel. Ficou uma coisa muito marcada sobre mim. Nós estávamos no hotel em Belo Horizonte e o nosso assessor de imprensa me encontra e mostra no celular dele a entrevista do Adriel que tinha saído no GZH. E que ali ele tinha dado informações da bola parada e da tática do Grêmio. Isso incomodou. E fui falar com Renato”, explicou Caleffi.
“Chego no quarto dele e resolvemos fazer uma reunião mais ampla. Chamamos o Mauri, preparador de goleiros, o Antônio Brum e chamamos o Adriel. Ali eu fiquei sabendo de uma série de questões disciplinares que a comissão técnica matou no peito e não levou para a direção. Mas fiquei sabendo que determinados comportamentos eram reiterados. A conversa foi franca com o Adriel, que reconheceu o erro e pediu desculpas. Mas partiu da comissão técnica a decisão de dar um aviso mais forte. E não colocaram no jogo. Em comum acordo, defini com o Renato para comunicar o presidente da decisão. Chegamos no consenso dessa decisão”, finalizou.
Por conta de “desalinhamento”, o presidente Alberto Guerra resolveu desligar Caleffi do cargo e “subiu” o diretor Antônio Brum para o posto de vice de futebol.