
Mantendo a sua série de entrevistas nas últimas semanas, Paulo Roberto Falcão, nesta sexta-feira, atendeu os jornalistas do canal Vozes do Gigante e mais uma vez criticou a forma como o Inter vem sendo administrado politicamente nas duas últimas décadas de futebol.
Falcão não citou nomes, mas deixou claro que entende que o Inter tem um “dono” há 20 anos.
“Quando eu falo da confraria, que eu tenho dito nas minhas entrevistas, eu falo disso. Uma confraria de 20 anos no Inter comandada por uma pessoa só. Nenhum clube, nenhum partido político, nenhum estado tem direito de ter dono. O Inter é muito grande. E nos últimos 20 anos tem um dono”, disparou.
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Perguntado pelo jornalista Leandro Behs se esse dono seria Fernando Carvalho, ex-presidente do clube entre 2002 e 2006, Falcão não confirmou.
“Aí a individualidade vai de cada um”, desconversou.
Falcão, que admitiu já ver com melhores olhos a possibilidade de se tornar “manager” de um clube no futuro, fazendo elo do campo com a direção, também reclamou de alguns tratamentos recebidos no Inter.
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“Sabe quantas peças minhas havia no Museu do Inter quando foi inaugurado? Nenhuma. Depois eu virei treinador do time em 2011 e me pediram, mas eu já tinha doado. São essas coisas que respondem. Não é mágoa, lamentação, é apenas o contexto das coisas. Eu por exemplo não quero estátua. Quero estar na memória das pessoas e ser lembrado pela postura de seriedade que tive em todos os lugares, no Inter, na Roma, no São Paulo, na RBSTV, na Globo”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra:
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