
Demitido no dia seguinte à derrota para o Globo-RN pela primeira fase da Copa do Brasil, o executivo de futebol Paulo Bracks voltou a falar do Inter e da recente troca na comissão técnica. Já sem ele na direção, o clube demitiu o uruguaio Alexander Cacique Medina e apostou na vinda do experiente Mano Menezes, que estreou com vitória de 1×0 fora de casa sobre o Fluminense pelo Brasileirão.
Para Bracks, Medina foi vítima do “imediatismo” do futebol brasileiro e Mano tem totais condições de dar certo no clube a partir de agora:
“Tinha total convicção no trabalho do Medina. Ia encaixar, ia dar certo. Mas a gente esbarra no imediatismo. Lembro sempre do Abel Ferreira que podia ter sido demitido depois de ser eliminado pelo CRB. A única pessoa que eu contratei para o Internacional foi o Cauan de Almeida. Tenho certeza que o Mano Menezes vai dar certo”, declarou Bracks à Rádio Guaíba.
Como tem feito rotineiramente em suas entrevistas, Bracks voltou a demonstrar mágoa com a sua demissão no começo de março:
“Minha mágoa foi muito pela personificação. Se você paga o pato sozinho, o culpado era você. A mágoa passou. Mas houve injustiça ali. A gente até pode permitir que o torcedor tenha esses devaneios de que todo mundo tenha que cair. De dentro do clube isso não é admissível. Se toda derrota tiver que virar tudo de cabeça pra baixo é enxugar gelo”, disse, antes de completar:
“Todo mundo fracassou ali (contra o Globo) quando você faz um link disso com a diretoria executiva parece que só o resultado interessava. Sem contar com a parte administrativa Minha mágoa é que esse link não é lógico. Não é técnico”.
Na última semana, o Inter confirmou a chegada de William Thomas, que estava no Avaí, como executivo para o cargo vago desde a saída de Bracks.