Para Paulo Cesar de Oliveira, atual comentarista de arbitragem do Grupo Globo, o gol marcado por Arezo pelo Grêmio contra o Atlético-MG no sábado, na Arena, pela primeira rodada do Brasileirão, foi, sim, legal. O ex-árbitro discordou do antigo colega Carlos Simon, hoje analista da ESPN, que citou “jogada perigosa” e disse que anularia o lance.
Na avaliação de PC, o lateral-esquerdo Lucas Esteves de fato estica a perna para alcançar a bola, mas fica “no limite” e não acerta o rival Natanael, que caiu no chão.
“No ângulo checado pelo VAR, com uma imagem mais aproximada, deu para perceber que havia um espaço. A ação do Lucas Esteves, na minha avaliação, foi só na bola. Ele dá um toque e ainda recolhe a perna. E diferente quando um jogador chuta e mantém a perna estendida, causando risco ao adversário. Para mim é bem no limite, mas a ação dele é na bola”, comentou PC.
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Carlos Simon, que era árbitro do Rio Grande do Sul ao longo da carreira, o lance configurou “jogada perigosa” e o árbitro Raphael Claus deveria ter sido alertado pelo VAR.
“O primeiro gol do Grêmio foi irregular. No começo da jogada, o jogador gremista levanta muito o pé. O rival, quando vê o pé assim, tenta recuar a cabeça. Isso, de acordo com a regra de número 12, é jogada perigosa. As travas não tocaram no adversário, então deveria ser marcado tiro livre indireto contra o Grêmio. Como o árbitro não marcou nada, o VAR deveria ter chamado para a revisão. Errou a arbitragem”, comentou Simon, em vídeo nas suas redes sociais.
Cuca lamentou gol do Grêmio
Já o técnico Cuca, do Atlético-MG, que ainda foi protagonista de um momento bem curioso na beira de campo, revelou ter tido uma conversa com o árbitro Raphael Claus depois da partida para entender o critério do lance:
“Eu falei com o Claus e ele disse que se não tem contato não é falta. Mas eu joguei futebol por muitos anos e sei que se vem uma chuteira na minha direção, eu vou recuar. É automático do ser humano”, reclamou o treinador derrotado na Arena.
