A expulsão do lateral-direito Rodinei contra o Flamengo, no Maracanã, quando o confronto direto pela liderança do Brasileirão seguia empatado em 1×1 no início do segundo tempo, irá demorar para sair da cabeça do técnico Abel Braga. Eleito o melhor do campeonato nesta sexta-feira, o agora ex-treinador colorado voltou a se queixar do lance ao fazer uma retrospectiva da campanha vice-campeã colorada.
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Abel, apesar de citar a frustração pelo lance e, por consequência, pelo resultado final, também reconheceu ter um sentimento de “satisfação enorme” por ter levado o Inter a brigar até a última rodada:
“Não posso falar da última rodada sem lembrar da penúltima. É a rodada que nós tínhamos um ponto de vantagem em relação ao segundo. Aconteceu toda aquela polêmica. Eu vi bola, o árbitro dá amarelo e o VAR chama na câmera lenta. No fundo, no fundo, tem a dor, mas tem uma satisfação enorme. Se você compara investimento, equipe. É aquilo que é a história do Internacional. Aquele Beira-Rio foi construído tijolo a tijolo. Sempre foi assim, com muito sacrifício, luta, entrega. Por isso que eu acho que nós, principalmente os jogadores, merecíamos mais”, disse, antes de terminar:
“O Inter começou a crescer na competição quando nós, como grupo, começamos a entender e ter uma leitura diferente do que era o campeonato, do que era cada equipe que enfrentávamos. Ficamos 12 jogos sem perder, batemos o recorde de nove vitórias seguidas. Teve muita coisa boa. Me sinto honrado de estar aqui, como sei que meus jogadores também irão se sentir. É uma maneira de a gente representar todo o grupo”.
Veja o discurso do treinador eleito como o melhor do Brasileirão no prêmio da CBF:
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Abelão, agora, passa a ser mais uma opção no mercado de treinadores sem clube. Tanto ele como a direção confirmaram o fim do ciclo de trabalho, e o colorado aguarda o desfecho positivo das conversas com o espanhol Miguel Ángel Ramírez.