A guerra entre a direção do Grêmio e o empresário de Ferreira, Pablo Bueno, segue a todo vapor. Depois da entrada do atacante na Justiça pedindo rescisão contratual com o clube, o vice-jurídico tricolor, Nestor Hein, detonou a conduta do agente em entrevista à Rádio Gre-Nal.
Para Hein, todos os movimentos do “caso Ferreira” foram arquitetados por Bueno:
“As coisas não estão acontecendo exatamente como seu empresário esperava. Mas ele continua jogador do Grêmio, está sendo bem tratado e não vai ser segregado. E o empresário tem uma conduta atabalhoada, meio grotesca”, disse, antes de acrescentar:
“Isso é uma coisa preparada pelo empresário dele que desde o início busca um conflito para liberar o jogador e tirar direitos do Grêmio.”
Hein também lembrou que nenhum jogador tem cláusula no contrato de que deve ou não ser titular.
“Ele tem contrato com o Grêmio e tem que cumprir o acordo. Não temos o compromisso de que nenhum jogador do Grêmio seja titular, seja escalado. Eles podem em determinado momento jogar na transição”, concluiu.
Processo de Ferreira tem conversas de empresário e executivo de futebol
Além da rescisão, Ferreira e o agente pedem uma indenização no valor de R$ 70 mil. A justificativa à Justiça é de que o Grêmio teria pressionado o jogador a aceitar o contrato proposto, sob pena de não entrar na lista de inscritos na Libertadores – de fato, ele ficou de fora.
“Sem qualquer justificativa que não a de exercer coação sobre o atleta, o clube ora reclamado, em data de 28 de fevereiro último, optou por afastar o Reclamante do grupo principal do Grêmio, direcionando ao grupo de transição, causando-lhe grandessíssima decepção e constrangimento, restando, assim, evidenciada a coação, a pressão para que o Reclamante cedesse às ameaças do clube, para que fosse aceito contrato por este imposto”, diz um trecho do despacho judicial.
Segundo o Globoesporte.com, o processo tem cerca de 30 páginas e estão anexadas conversas de WhatsApp do empresário Pablo Bueno com o diretor-executivo Klauss Câmara. O Grêmio tem cinco dias para se manifestar na Justiça.