
Apesar do dirigente do Corinthians, Roberto de Andrade, ter dito que a expressão utilizada pelo lateral Rafael Ramos foi “mano, c…”, o volante colorado Edenilson se manifestou publicamente reafirmando ter sido alvo de racismo do jogador português no final do empate em 2×2 no Beira-Rio pelo Brasileirão.
“Eu sei o que ouvi. Provavelmente não reagi da forma como deveria pois foi a primeira vez que passei por isso e me incomoda chamar atenção de outra forma que não seja jogando futebol. Ser xingado pelo tom da minha pele… minha reação foi de não parar a partida pois o jogo estava bom e ao mesmo tempo eu não queria que tomasse a proporção que tomou justamente por nunca ter passado por isso”, disse Edenilson.
Daniel e Moisés comentam denúncia de Edenilson sobre racismo de Rafael Ramos, do Corinthians:
Na continuidade da publicação, o jogador do Inter deixa bem claro a revolta com a postura do atleta adversário e ressalta que caráter sempre “falará mais alto”:
“Eu procurei o atleta para que ele assumisse e me pedisse desculpas. Todos erramos e temos o direito de admitir, no meu modo de ver. Mas ele continuou dizendo que eu havia entendido errado. Eu não entendi errado. O procurei pelo respeito que tenho por outros jogadores do Corinthians. Independente da nossa cor, o caráter sempre falará mais alto”.
No desdobramento do caso, Ramos acabou sendo detido em flagrante no Beira-Rio pelos policiais e a liberação ficou estipulada em pagamento de fiança de R$ 10 mil.
Resumo do caso Edenilson:
– Durante uma disputa lateral, Edenilson alega ter ouvido a palavra “macaco” de Rafael Ramos
– O jogo ficou parado por cerca de dois minutos
– Jô, do Corinthians, deu entrevista dizendo que Rafael negou aos colegas de time ter falado “macaco”
– Inter soltou nota oficial dizendo ser “inadmissível” um caso como esse
– Roberto de Andrade, dirigente do Corinthians, disse que a frase do jogador foi “mano, c…”
– Edenilson decidiu prestar queixa aos policiais