As entrevistas no Inter após o empate fora de casa neste sábado em 1×1 com o Esportivo, em Bento Gonçalves, tiveram praticamente um único tom: severas reclamações às condições dos gramados do Gauchão. E, por parte do técnico Eduardo Coudet, até um aviso de que, se os campos continuarem ruins, seria “melhor” para o Inter buscar outro treinador.
Mas a declaração foi minimizada pelo vice-presidente de futebol colorado, Alessandro Barcellos, que descartou completamente a hipótese de saída do argentino. O dirigente entendeu apenas como um desabafo de alguém que quer jogar em condições melhores que as atuais:
“A declaração do Coudet não se trata de desistência e sim de constatação. Vocês não estavam aqui e acompanharam pela televisão, e não é nenhum demérito ao Esportivo ou ao Caxias, mas é um fato que o gramado faz diferença. A gente joga um jogo onde tem que se ganhar espaço, jardas. Nós queremos jogar futebol”, reclamou.
Perguntado se, mesmo com a situação precária do gramado, o Inter não teria condições de vencer o Esportivo, time de investimento muito menor, Barcellos citou até o Mundial de 2006:
“Se fosse simplesmente orçamento, não seríamos campeões em 2006 no Mundial. Então comparar isso é um falso debate. Precisamos olhar pras condições técnicas”.
Líder do Grupo A do returno do Gauchão com 8 pontos, o Inter volta a campo na próxima quarta-feira, diante do Aimoré. Porém, ainda não sabe onde poderá atuar.