Ainda que Miguel Ángel Ramírez continue na casamata colorada, um “novo” Inter deverá ser iniciado a partir da pesada derrota de 5×1 fora de casa para o Fortaleza, na Arena Castelão, neste domingo, pela segunda rodada do Brasileirão. A delegação desembarcou na madrugada sob protestos de torcedores no aeroporto, e a segunda-feira está sendo marcada por reuniões do Conselho de Gestão sobre o futebol do clube.
Logo após a derrota no Ceará, o vice-presidente João Patrício Herrmann fez as primeiras cobranças públicas em relação a itens como planejamento e forma de jogar. Na visão dele, que representa a direção, não fez sentido a preservação de titulares e a forma do time atuar “estacionou”.
A direção, no jargão do futebol, “descerá ao vestiário” para cobrar estas modificações dentro do trabalho de Ramírez. E, segundo o site GZH, uma nova reunião a ser realizada durante esta noite debaterá novas medidas a serem tomadas durante a semana.
“O trabalho do Miguel tem ajustes a ser feito. Mas não acredito que ele seja inflexível, que não ouça o meio, atletas. As correções internas serão feitas. Já tem sido. Sentimos que este modelo parou de evoluir. Precisamos resolver o mais rápido e entender a cultura gaúcha de jogar futebol e do Inter”, colocou o constrangido Herrmann no último domingo.
A partida de quinta-feira diante do Vitória, no Beira-Rio, 21h30, pela volta da terceira fase da Copa do Brasil, também se torna decisiva para Ramírez. Uma eventual desclassificação ou até mesmo uma classificação com atuação fraca ampliarão imensamente a pressão sobre si. Mas o colorado joga com a vantagem de ter feito 1×0 fora de casa.
Contratado a partir do trabalhado realizado no Independiente Del Valle, do Equador, Ramírez tem contrato assinado com o Inter até dezembro de 2022.