Deputada do PSOL detona conduta de Medeiros: “Revoltante que siga a lógica bolsonarista”

A fala do presidente colorado Marcelo Medeiros nesta sexta-feira, à Rádio Guaíba, ganhou eco na política brasileira. Ao dizer que “o jogador que não quiser jogar, pode pedir demissão”, em alusão à volta aos treinos na semana que vem ainda em meio ao coronavírus, o mandatário recebeu críticas, por exemplo, da deputada federal gaúcha Fernanda Melchionna – PSOL/RS.

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Em postagem realizada no seu Twitter neste sábado, a parlamentar viu Medeiros com um posicionamento alinhado com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

“O Inter é um time tradicionalmente ligado ao povo e sinto muito orgulho em ser sócia e torcedora dele. O presidente do clube está muito equivocado. Lamentável e revoltante que siga a lógica bolsonarista da negação e coloque pessoas em risco”, escreveu.

Logo após a repercussão negativa da sua declaração, Medeiros usou as suas redes sociais para se explicar e se retratar. E garantiu que o Inter seguirá combatendo o avanço do coronavírus.

A polêmica declaração de Medeiros

A partir do Decreto Municipal anunciado pela prefeitura de Porto Alegre nesta semana, o Inter prepara o retorno aos treinamentos a partir da próxima segunda-feira (4), com a reapresentação da comissão técnica e grupo de apoio. O retorno dos atletas será na terça-feira (5), às 9 horas.

O clube comprou testes para avaliar jogadores e funcionários ao longo do período de treinamentos em meio à pandemia. Na nova determinação da prefeitura, atividades em clubes estão liberadas desde que respeitado um distanciamento de 2m entre as pessoas. Dentro desse cenário, Medeiros avaliou que, se um jogador não quiser jogar ou treinar, que peça demissão.

O diálogo do presidente do Inter com o repórter Cristiano Silva:

Cristiano Silva: Se algum jogador ou alguns jogadores chegarem pra comissão técnica ou pra você e disserem que não se sentem à vontade de jogar e treinar pelo coronavírus, qual vai ser o procedimento?

Marcelo Medeiros: No decreto da prefeitura, está liberada a volta de profissionais liberais, escritórios de advocacia, de contabilidade. Semana passada liberaram a indústria e a construção civil. Eu tenho certeza que todo mundo quer trabalhar. Um dos problemas que enfrentamos é a questão econômica e muita gente está perdendo o emprego. Eu acho que o jogador que não quiser jogar, ele pede demissão. Pois se for aberta a possibilidade de o futebol voltar, ele vai cumprir o contrato que ele assinou.

Cristiano Silva: Mas o jogador de futebol tem o contato físico, o suor… bem diferente de um escritório, concorda?

Marcelo Medeiros: Bom, mas tem contato igual. Se as autoridades de saúde dizem que podem atividades físicas… Nós não faremos trabalhos com bola. Só faremos um avanço da atividade esportiva quando tivermos respaldo.

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