Multicampeão com a camisa do Grêmio e símbolo da geração vencedora dos anos 90, Danrlei tem orgulho de tudo que construiu na bola, mas mantém uma lamentação: não ter jogado apenas no tricolor em toda a sua carreira. Na virada de 2003 para 2004, após se desentender com a direção na época comandada pelo presidente Flávio Obino, ele não teve o contrato renovado e foi para o Atlético-MG.
“Eu digo para todo mundo sempre, se dependesse de mim eu nunca sairia do Grêmio. Chegou um momento que entrou uma direção, e essas questões políticas são normais, e eles tinham na cabeça que não queriam atletas que tivessem ligação afetiva com o clube. Que era o meu caso, caso do Roger e caso do Tinga. Eles não querem caras que ajudam o vestiário a ser bom. Eles querem controlar algo que nunca vão poder controlar, porque o jogador não aceita”, explicou Danrlei, em entrevista ao canal “Dale TV”, no YouTube.
Ainda durante o Brasileirão de 2003, na reta final, Danrlei foi afastado pelo então técnico Adilson Batista, que deu mais espaço para Eduardo Martini na época. Depois do Atlético-MG, o ídolo arqueiro gremista ainda jogou em clubes como Fluminense, Remo, Brasil de Pelotas e São José.
“Só que eu não iria dizer isso para eles. Mas foi esse motivo que eles usaram para não renovar comigo na época. De um diretor para um atleta. Eu sou empregado, ele é o empregador. Se tu não me quer como teu empregado, o que eu vou fazer? Mas, se dependesse de mim, Danrlei, eu nunca teria saído. Teria começado e terminado minha carreira no Grêmio”, ampliou.
Os números de Danrlei pelo Grêmio
Danrlei vestiu a camisa gremista em 594 partidas e conquistou 17 títulos pelo clube, entre eles a Libertadores de 1995, o Brasileiro de 1996, a Copa do Brasil por três vezes (1994, 1997 e 2001) e o Gauchão em cinco oportunidades: 1993, 1995, 1996, 1999 e 2001.