Daniel Carvalho cita falta do “sentimento de torcedor” em campo, e atacante do Inter discorda: “Estamos lutando”

Postura do Inter nos últimos Gre-Nais tem sido debatida antes do sexto encontro no ano

Na véspera de um novo clássico Gre-Nal, o sexto da temporada de 2020, a postura do Inter em campo nos últimos jogos contra o maior rival entrou no centro do debate. E, para o ex-meia Daniel Carvalho, revelação e grande cria da base do clube no início dos anos 2000, está faltando para os atletas atuais colorados um pouco do “sentimento de torcedor” em campo.

Em entrevista ao Globoesporte.com, o antigo atleta lamentou a passividade do time nos últimos clássicos e lembrou que, no seu caso particular, o Gre-Nal mudou a carreira – ele foi o grande nome da vitória de 2×1, no Olímpico, em fevereiro de 2003, pelo Gauchão, quebrando o tabu colorado de 13 Gre-Nais e quatro anos sem vencer.

“O que falta hoje, sem comparar com a nossa época, é uma ligação com o sentimento do torcedor lá dentro de campo. Para esses jogadores saberem do Gre-Nal, saberem da história que o jogo tem pro estado. Hoje eu sou o que eu sou para a torcida do Inter por causa de um Gre-Nal. Se eles entenderem esse espírito, que um Gre-Nal pode mudar a carreira, daqui a pouco podem se doar mais e melhorar o desempenho em campo”, comentou.

Galhardo tem visão diferente

Destaque do time atual do Inter e esperança de gols na Arena neste sábado, Thiago Galhardo, embora respeite a opinião e inclusive elogie Daniel Carvalho, não concorda com o pensamento.

O meia-atacante garante com veemência que todos do clube, dos jogadores à direção, estão dando a vida por melhores resultados, principalmente nos Gre-Nais:

“Não concordo que precise levar esse sentimento de torcedor pra dentro, porque nunca tem faltado empenho, luta, vontade e garra do nosso time. A gente tem se matado e dedicado nos treinamentos para conseguir resultados. Estamos em 2° no Brasileiro, uma das competições mais difíceis no mundo, e caminhando pra passar na Libertadores, então eu não vejo que falte isso. Mas respeito, até pelo jogador que ele foi, pela pessoa que é. Todos têm o direito de opinar. Mas nós aqui dentro sabemos do caráter de todos e do quanto estamos trabalhando pelos resultados. Quando eles não vêm, começam a falar que são vários fatores. Além do psicológico, agora tem essa questão de torcedor. Nós vamos sempre nos matar em campo por essa camisa, por nós, por nossa família e pelos torcedores”, colocou em coletiva nesta sexta.

Veja a entrevista de Galhardo:

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