D’Alessandro revela ter tido conversa com Fernando Carvalho sobre a possibilidade de se tornar treinador

Ex-meia participou nesta sexta-feira de entrevista no Sala de Redação, da Rádio Gaúcha

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Vivendo as suas primeiras semanas fora oficialmente da rotina de um jogador profissional de futebol, o agora ex-meia colorado Andrés D’Alessandro ainda não tomou a decisão do que irá fazer daqui para frente. No momento, aproveita o tempo livre – algo que era bem raro – para descansar, viajar com a família, praticar outros esportes e estar com amigos.

Até pelo curso já feito, uma das possibilidades existentes para D’Ale é se tornar treinador de futebol. E, nesta sexta-feira, ao programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, o jogador argentino contou ter tido uma conversa com o ex-presidente do Inter, Fernando Carvalho, sobre essa possibilidade:

“Até conversei com o Fernando Carvalho sobre isso. Se eu virar treinador, vou ser criticado no primeiro treino. Essa função é difícil. Tem que estar em cima do grupo, dos treinos, estudar o adversário, as competições. Administrar problemas individuais, falar com a diretoria. O treinador precisa se dedicar em mais tempo. Hoje não tenho ainda uma visão clara do que vou fazer, mas gosto muito de gestão de futebol”, declarou.

O argentino conta que, na parte final da carreira profissional, já se encontrava preocupado pela falta de comprometimento da geração de atletas mais jovens:

“Mudou para pior. Tenho que ter cuidado, pois até uma semana atrás eu fazia parte de um grupo. Eu preciso respeitar os atletas, mas tem uma verdade absoluta hoje no futebol que os jovens de hoje não querem sofrer. Chegou tudo muito rápido na mão deles. Queimam etapas e não querem sofrer. Chegam em cima do horário no treino, não vivem o clube como devem, não treinam a 100%, não veem tudo que faz parte do dia a dia do vestiário, como o roupeiro, o massagista, o porteiro. Esses caras são a alma do vestiário”, declarou, antes de concluir sobre a decisão de se aposentar:

“Quando comecei a pensar em aposentar, não foi 10 dias antes do último jogo. Pensava no final do ano, com a família. Há tempos. A minha ideia era voltar e fazer o caminho curto, que seria o Gauchão. Eu sempre quis que eu pudesse deixar o futebol, não que o futebol me deixasse. Nunca imaginei jogar até 41 anos”, terminou.