D’Alessandro relembra garra de Nei com “joelho a menos” e cita treino de Índio com bola de 5kg: “Esse cara é maluco?”

Documentário D'Ale Para Sempre trouxe depoimentos do meia argentino sobre ex-colegas de Inter

Ao longo do documentário D’Ale Para Sempre, exibido no último domingo e disponível no YouTube do Inter, D’Alessandro repassou diversas eras marcantes dos seus 12 anos de clube e citou, individualmente, casos de superação de ex-colegas que ajudaram a fazer a sua passagem pelo Beira-Rio ser tão vencedora.

Um desses casos é o do ex-lateral-direito Nei, titular absoluto entre 2010 e 2012, tendo sido campeão com D’Ale da Libertadores de 2010, da Recopa Sul-Americana de 2011 e dos Gauchões de 2011 e 12. Já aposentado, o defensor tinha um problema crônico no joelho direito, cuja primeira cirurgia de ligamento foi em 2008 no Athletico.

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“Não posso esquecer o Nei. Era um cara que falava pouco, só falava quando tinha que falar. Mas ele se matava. E se a gente contar os problemas que ele passou com o joelho dele, o torcedor não vai acreditar. Ele jogava com um joelho a menos. Essas coisas eu levo pro resto da vida e para mim vira exemplo. Tinha muitos caras que botavam a cara pra bater pelo grupo”, relembrou D’Ale.

Após a primeira operação, Nei ainda teve de fazer mais de um procedimento cirúrgico para lidar com as dores no joelho. Ele deixou o Beira-Rio no final de 2012 e acertou contrato com o Vasco da Gama para a temporada seguinte.

Confira a fala de D’Alessandro a partir de 33:30:

D’Alessandro lembra treino inusitado de Índio

Ao chegar ao Inter no segundo semestre de 2008, D’Alessandro se deparou com lideranças expressivas no grupo de jogadores do porte de Bolívar, Magrão, Guiñazu e Índio. Este último, por exemplo, até assustou D’Ale com uma forma inusitada de treinar o cabeceio, que sempre foi uma de suas armas:

“Sobre o Índio eu sempre lembro das histórias. Ele era um cara que chegava duas horas antes dos treinos. Ficava no vestiário treinando sozinho e cabeceando a bola de 5kg na parede. Contra a parede, cara (risos). Quando eu cheguei, eu perguntava para os outros: “Esse cara é maluco?”. A força que ele tinha… e depois de fazer tudo isso no vestiário, ele treinava que nem louco. Depois ia pro jogo e podia perder todos os dentes que continuava, como foi na final do Mundial. O que tu vai falar pra esses caras? Posso gostar ou não de muitos que passaram pelo Inter, mas tenho a obrigação de respeitar eles. Nem é o caso do Índio, que eu gosto muito dele. Mas respeito é o mínimo que podemos ter por eles”, relembrou o camisa 10.

Índio, ao contrário de Nei, seguiu mais tempo no Inter e encerrou a carreira no clube em 2014, tendo ficado de forma ininterrupta no Beira-Rio desde o ano da sua contratação, em 2005, após brilhar no Juventude.

D’Alessandro, que fará 40 anos de idade em abril, acertou contrato para jogar no Nacional, do Uruguai, em 2021.

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