D’Alessandro fala da relação com torcedores gremistas e dá detalhes da decisão de sair do Inter: “Amor e carinho continuam”

Atual meia-armador do Nacional-URU falou ao Podcast Entrelinhas, do The Players' Tribune

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Apesar de toda a rivalidade presente no futebol do Rio Grande do Sul, que teve em D’Alessandro um verdadeiro expoente ao longo dos últimos 12 anos, o meia-armador do Nacional-URU, após duas décadas de Inter, consegue separar as coisas e também ver um lado positivo na relação com torcedores gremistas.

Ao Podcast Entrelinhas, do The Players’ Tribune, que você pode ouvir clicando aqui, o jogador falou em tom de agradecimento aos gremistas que conseguem separar o D’Ale de dentro do campo com o de fora das quatro linhas:

“A história Gre-Nal te marca. Te marca e muito. E aqui eu faço um parêntese, porque quando eu falo do Rio Grande do Sul, eu falo do torcedor colorado e também do torcedor gremista. Deixando de lado a rivalidade, eu sinto um respeito por muitos torcedores gremistas, aqueles que conseguem separar o D’Alessandro dentro do campo e o D’Alessandro fora”, declarou.

Na mesma entrevista, o meia de 40 anos de idade deu mais detalhes da decisão tomada de sair do clube em dezembro de 2020. Ele fez novas juras de amor ao Inter e indicou que a direção, ainda comandada pelo ex-presidente Marcelo Medeiros, gostaria de sua permanência. Mas que o entendimento de fim de ciclo falou mais alto:

“A decisão de sair em 2020 foi minha. Eu estava decidido a sair. A gente tem que saber a hora de parar, de dar um descanso, depois de tanto tempo. O carinho e o amor continuam pelo clube. Acredito que seja recíproco. O Inter me entregou muito mais que eu imaginava e eu não vou ter tempo de devolver tudo que me deu. Era o momento de sair. Queria me afastar um pouco dessa realidade de 12 anos dentro do clube. Responsabilidade grande que assumi em vários momentos. Mas me sinto muito orgulhoso desses 12 anos. O que mais me deixa tranquilo é que eu saí do clube porque eu quis. Eu tinha relação ótima com o presidente Marcelo Medeiros. Por vezes, em casos assim, o próprio dirigente é que espera uma atitude sua de tomar a iniciativa de sair. Mas não aconteceu isso. Não foi o caso que o clube te manda embora. Queria sair bem”, concluiu D’Ale.