Dias depois de ser expulso de forma polêmica ao ir para cima do árbitro Ricardo Marques Ribeiro durante Grêmio 0x1 Corinthians, na Arena, pelo Brasileirão, Maicon e Grêmio chegaram à decisão “em comum acordo” de rescindir a parceria. O vínculo valia até dezembro deste ano e a ruptura trará ao clube a necessidade do pagamento normal dos vencimentos que o jogador teria no antigo contrato.
Assim, segundo levantamento feito pelo site GZH, somando os salários de quatro meses, férias e 13º, o valor que Maicon receberá do clube será de cerca de R$ 3 milhões. O pagamento vai ser realizado de forma parcelada e, na prática, é como se o jogador seguisse no elenco até dezembro, só que sem jogar.
Em rescisões contratuais nos últimos anos, o Grêmio chegou ao custo de R$ 27 milhões a serem pagos para nomes como Paulo Victor, que foi o último a rescindir e já está no Marítimo-POR, por mais de R$ 7 milhões. Depois, por ordem, aparecem André (R$ 5,8 milhões), Thiago Neves (R$ 5,3 milhões), Diego Tardelli (R$ 4,2 milhões), Vanderlei (R$ 3,7 milhões) e David Braz (R$ 1,3 milhões).
Futura volta de Maicon ao clube
Em entrevista concedida à Rádio Gaúcha na noite da última terça-feira, o empresário de Maicon, Jorge Machado, deixou claro que as “portas ficaram abertas” para um eventual retorno do jogador em outra função. O volante, em outras ocasiões, já disse que pretende seguir no futebol após se aposentar e inclusive vem realizando os cursos da CBF para novos treinadores.
“O Maicon vai seguir no futebol. É algo que ele ama e onde ele tem uma leitura tática impressionante. Sinceramente, como não foi algo premeditado, não foi definido nada sobre o futuro ainda. Ele tem de se livrar das dores. (Sobre assumir algum cargo no Grêmio, caso se aposente do futebol) É possível, sim. O Maicon deixou as portas abertas. Quem sabe do futuro?”, declarou.
Briga com Felipão?
Nesta mesma entrevista, Machado descartou veementemente o rumor de que o volante teria tido uma discussão com o técnico Luiz Felipe Scolari e que isso também teria sido um dos motivos da ruptura.
“A saída do Maicon não teve nada a ver com ninguém da diretoria. Foi uma ideia que partiu dele, da qual eu me incluo. Eu também concordei. Não teve, nem existiu nenhuma discussão do Felipão com o Maicon. Sempre existiu uma relação paterna entre os dois. Não houve absolutamente nenhum desconforto. O Maicon viu que era a hora de encerrar (o ciclo no Grêmio)“, pontuou.
Reveja abaixo a carta de despedida de Maicon ao Grêmio:
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