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Crítico de Odair, ex-Inter atribui boa fase a Guerrero e vê Sarrafiore vítima de “crime”

Assessor de imprensa do Inter entre os anos de 1998 e 2014, José Evaristo Villalobos Neto, o Nobrinho, tem muito o que falar. Quem o acompanha no Twitter até pode se assustar com as pesadas críticas ao técnico Odair Hellmann. Mas ele explica todas as razões nesta entrevista exclusiva abaixo:

Zona Mista: Acompanhando as suas postagens no Twitter, nota-se que você é bastante crítico ao Odair. Qual a sua principal crítica ao trabalho dele? Defende uma troca no comando técnico?

Nobrinho: Minha maior crítica é que ele é “paneleiro”, no sentido de ser refém dos jogadores mais experientes, os ditos medalhões. Pottker só saiu quando se machucou e Patrick, que até melhorou, reconheço, recebeu trocentas chances. Já o menino Sarrafiore segue fora. Isso me lembra o caso Ronaldinho no Grêmio. Depois não reclamem se o Sarrafiore for embora…Mas Odair definiu um time e melhorou. Mesmo que o veja sempre com medo quando jogos são fora de casa. Só me resta a torcida. Eu teria trocado sim, mas antes. Agora não tem como trocar…

ZM: Semana passada li uma crítica sua no sentido de que, se não fosse Guerrero, individualmente, o Inter não viveria a boa fase atual. Você acredita que as boas campanhas nas Copas se devem mais às individualidades do que ao trabalho coletivo?

N: Sobre o Guerrero é claro que resumi tudo de forma simples. Mas meu time sempre começa por centroavante. No futebol ganha quem faz mais gols do que o adversário. Guerrero é muito goleador. Foi uma ótima contratação. Mudou Inter de patamar.

ZM: Por muitos anos você conviveu com treinadores de experiência como Abel e Muricy Ramalho. Quais os principais ensinamentos que eles passavam que seriam úteis ao Inter e ao Odair hoje em dia?

N: Eles são os ditos cascudos. Não têm medo de fazer alterações. Estes dois foram os melhores com quem convivi, além do Tite. Creio que trabalhei com os melhores técnicos do Inter em sua história, com exceção do Rubens Minelli. Os três são táticos, corajosos, e respeitados pelos jogadores. É isso o que Odair deveria assimilar, ou seja, não ter medo de mexer. Odair precisa dar chances aos jovens e não ter medo dos cascudos. No caso do Sarrafiore isso me parece bem claro. É um crime o que está fazendo com este guri. Com o time… com a torcida…

ZM: Você é contra poupar jogadores no Brasileirão mesmo em meio aos torneios mata-mata?

N: É claro que não sou contra em momentos específicos como este de agora. Jogo decisivo contra o Cruzeiro, time reserva contra o Flu. Certo. Mas sou muito contra poupar por poupar como no jogo contra a Chapecoense em que não havia motivos e o Inter perdeu. Inexplicavelmente…

ZM: Para finalizar, qual seria a sua grande lembrança de Inter no período em que atuou como assessor de imprensa? Dá saudades do dia a dia do clube?

N: Minhas grandes lembranças foram os títulos conquistados. Muitos. Os maiores em toda a história do clube. Sou o único assessor de imprensa Campeão do Mundo no Estado. Vou levar isso para todo o sempre. Inesquecível! Agradeço muito ao Inter pela oportunidade que me deu.

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