Mantendo a sinceridade característica de suas entrevistas, o técnico Eduardo Coudet admitiu a falta de dinheiro no Inter e a incapacidade de investir em grandes nomes como Nacho Fernández, por exemplo, na coletiva após a vitória de 2×0 sobre o Santos na quinta-feira.
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Mas a fala de Coudet não causou incômodo e constrangimento entre a direção, que, inclusive, vê o lado bom da manifestação do treinador mostrar transparência do clube na relação com a torcida.
“(Encaramos) Com extrema normalidade. Nós mesmos falamos sobre as finanças do Inter, das nossas limitações, principalmente com a pandemia do coronavírus. É sabido que precisamos vender um ou outro jogador para nos equilibrarmos e falamos muito com ele sobre isso, inclusive. Ele sabe de tudo. Não causou nenhuma surpresa o fato de ele ter externado. Temos um ambiente tranquilo e não encaramos como uma reclamação”, explicou o vice-presidente eleito, Alexandre Chaves Barcellos, à Rádio Gaúcha.
A situação se agravou durante a parada imposta pela pandemia do coronavírus. Em crise financeira, o Inter se viu obrigado a demitir 44 funcionários – o que foi considerado pelo presidente Marcelo Medeiros a sua decisão “mais difícil” em toda a gestão desde 2017.
Por isso, os reforços que chegaram desde então foram “negócios de ocasião”, especialmente os defensores Matheus Jussa e Lucas Ribeiro. Com apoio de investidor, o atacante Yuri Alberto também chegou.
Em paralelo, o clube encaminha a venda do zagueiro Bruno Fuchs, de 21 anos, ao CSKA, o que representará um importante alívio nas finanças. Ele ainda deverá jogar neste domingo, 18h, fora de casa, contra o Fluminense.