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Clubes só vão aguentar até três meses de parada e podem “estourar”, diz dirigente

A situação da paralisação do futebol brasileiro pode ser mais grave do que se imagina. Financeiramente, os contratos de televisionamento dos jogos, patrocínio, mensalidades de associados e premiação de competições dão o principal sustento ao caixa dos clubes, que ficarão “afogados” caso as receitas sigam reduzidas.

Por isso, na avaliação do presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, os principais times brasileiros vão conseguir sobreviver somente até “dois, três meses” de parada por conta do avanço do coronavírus.

“Na situação atual, depende muito de como é composta a receita do clube. Se considerar que a TV vai manter contratos, que o campeonato será adiado, mas não cancelado, nem reduzido, considerando que não teria evasão de sócios, de patrocinadores, diria que um clube aguenta dois ou três meses, no máximo. Se essa rede que sustenta o clube for mais frágil, tem clube que não suporta 30 dias”, disse Bellintani ao SporTV.

Tudo virou uma grande interrogação no futebol brasileiro. Os estaduais estão paralisados sem garantia ou data já fixa de retorno, podendo se “acavalarem” com o início do Brasileirão e das fases mais agudas da Copa do Brasil, que ainda não tiveram mudanças definidas pela CBF. Em paralelo, a Conmebol faz uma projeção otimista de que a Libertadores volte no início de maio.

Bellintani, assim como Romildo Bolzan Jr no caso do Grêmio, mostrou muitas preocupações com as finanças do Bahia.

“Nosso projeto de faturamento nesse ano é de R$ 180 milhões, mas acho difícil que chegue em 200 ou até nesses R$ 180 milhões. Dobramos nos últimos dois anos nosso faturamento, pretendemos continuar crescendo. Se for algo rápido essa pandemia, o que não é indicado agora, até conseguiríamos manter o orçamento, mas acho difícil. Haverá queda não só do Bahia, mas de todos os clubes”, concluiu.

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