Dois dias depois do polêmico Corinthians 4×4 Grêmio, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão, o chefe da comissão nacional de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, que foi citado pelo técnico Renato Portaluppi, esteve em audiência pública no Senado Federal. O debate foi promovido pela Comissão do Esporte, com tema em “Manipulação de Resultados em Eventos Esportivos”.
Em um primeiro momento, Seneme fez a defesa da utilização do VAR no Brasil e disse que a ferramenta chegou para ficar, descartando inclusive a ideia de que ela é melhor utilizada no futebol europeu:
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“Não acho que estamos abaixo do nível da Europa. Se está ruim com o VAR, é pior sem ele. Mas temos muito que melhorar. Não recomendo a saída do VAR. E temos essa referência quando assistimos partidas sem o uso do VAR e ocorrem situações de jogo a serem corrigidas. Sou muito a favor da tecnologia. É o caminho sem volta em relação ao VAR e é uma questão de encontrar os profissionais que tenham a qualificação e treiná-los para um melhor desempenho”, destacou.
Presente na mesa da comissão, o senador Jorge Kajuru, que por muitos anos foi jornalista esportivo, perguntou a Seneme se o jogo entre Corinthians x Grêmio poderia ser alvo de investigação por “manipulação”:
“Os árbitros são honestos até que se comprovem o contrário”, respondeu Seneme, sem citar o nome do juiz envolvido no jogo, Wilton Pereira Sampaio.
Renato citou Seneme
Na coletiva de imprensa que deu depois do empate na segunda-feira, Renato criticou muito o pênalti não dado por toque no braço de Yuri Alberto nos acréscimos e disparou contra o próprio Seneme, citando-o mais de uma vez:
“Tem a ferramenta, tem o VAR. A CBF deveria divulgar o áudio desse lance. Gostaria que o VAR dessa partida viesse a público se explicar. Seneme venha a público. Em 3 segundos poderia ver que foi pênalti. Eu queria estar do teu lado, Seneme, quando tu for a público dizer que não foi pênalti. Pra gente discutir, pra eu poder falar também”, destacou o treinador.