
O recente atraso de salários do Grêmio teve como um dos motivos o atraso no repasse da patrocinadora Alfa, que acertou contrato tanto com o Tricolor quanto com o Inter no começo deste ano, “retirando” a marca do Banrisul da parte frontal das camisas. Com mais esta dificuldade financeira, a diretoria gremista precisou recorrer novamente ao apoio emergencial do empresário Celso Rigo.
Este tema foi tratado com mais detalhes pelo comentarista identificado com o Grêmio, Cesar Cidade Dias, em nova coluna no portal GZH. Pelo que apurou CCD, já considera ser um caso de difícil solução, com possível ruptura no contrato, embora nem Alfa nem Grêmio, até agora, tenham se manifestado neste sentido.
“A notícia sobre o atraso do pagamento do patrocinador master do Grêmio se tornou a grande preocupação no clube. O maior patrocínio da história pode se transformar em uma dor de cabeça difícil de solucionar. Dos três anos contratados em valores que chegam a R$ 150 milhões, o Grêmio recebeu perto de 1/3”, iniciou CCD, que foi mais adiante:
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“Existe a possibilidade de rescisão contratual ou de, mais uma vez, a troca de contrato com outra empresa do setor, e por iniciativa do próprio patrocinador. As especulações sobre as dificuldades para o cumprimento do contrato crescem dia a dia, e a incomodação interna começa a deixar os gabinetes do Grêmio”.
CCD vê Inter em situação parecida com a do Grêmio
Para Cidade Dias, a situação com o Inter também é semelhante e o resultado esperado por todos os atores deste negócio está sendo “muito abaixo do que se imaginava”:
“Quem pensou o negócio imaginava que a associação as grandes marcas do futebol gaúcho seria um sucesso garantido, mas esse modelo de marketing precisa de muito mais trabalho do que a simples impressão da marca. O resumo de tudo se transformou em um resultado muito abaixo do que se imaginava, e o negócio passou a ser revisto pelos investidores da empresa, todos de fora do país”, disse Cesar, antes de terminar:
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“O Grêmio não fez nenhum tipo de antecipação dos valores deste contrato em razão do alto custo do dinheiro desta operação, e a análise interna é de extrema preocupação. O Inter, que não reclama de atraso mas também se mostra preocupado com a situação, teria feito a antecipação de alguns meses do contrato ao custo de 3,5% ao mês”.