À Rádio Gre-Nal neste domingo, o ex-presidente colorado Fernando Carvalho voltou a dar bastidores do inesquecível 2006 para a torcida do Inter. Ele lembrou, por exemplo, que dois jogadores fundamentais naquela temporada iniciaram o ano na condição de reserva e convenceram, em campo, Abel Braga a mantê-los entre os 11.
“Se a gente for lembrar aquele início de ano de 2006, o Abel resolveu poupar os nossos principais jogadores, que ele chamava de “diamantes”. Deu espaço aos reservas e o Bolívar e o Ceará se destacaram tanto, que ele não conseguiu mais tirar do time. Aí tivemos o Índio, que era um zagueiraço, como reserva naquele primeiro semestre. Ele só jogou a final da Libertadores pela expulsão do Fabinho no Morumbi e a lesão do Wellington Monteiro, aí o Abel botou três zagueiros no Beira-Rio. E o Ceará da mesma forma, muito regular, competente, acabou sendo mais útil que o Granja naquele momento”, disse.
Carvalho relembrou a quase derrota de W.O para a LDU, em Quito, no jogo de ida das quartas da Libertadores, quando a delegação colorada sofreu com problemas de logística.
“Foi terrível. Nós chegamos praticamente em cima da hora do jogo. Em um voo horrível, com muita turbulência, o avião tremendo o tempo todo. Lembro que todos nós chegamos no vestiário brancos de pavor. E já tínhamos que jogar. Se o avião demora mais tempo, perderíamos de W.O. Nos ficamos em uma outra cidade, Guayaquil, e fomos para o local do jogo no mesmo dia. Por pouco não deu W.O”.
Depois de perder a ida de virada por 2×1, o Inter virou para 2×0 no Beira-Rio, passou de fase e depois se sagrou campeão, tanto da Libertadores como do Mundial.