
De um lado, a alegria inenarrável por ter feito o gol que aproximava o Inter do tão sonhado título de Libertadores. Do outro, a frustração, o temor e até a raiva de ter sido expulso por levantar a camisa em gesto de louvor a Jesus, mas descumprindo a regra e deixando o time com um a menos aos 22 do segundo tempo. Assim se resumia Tinga naquela noite de 16 de agosto de 2006, que, para o seu alívio e felicidade, terminou com final feliz.
Nesta semana, a conquista sobre o São Paulo completou exatos 15 anos e Tinga comandou uma série de atrações em parceria com o Inter, dentre elas uma entrevista no gramado do Beira-Rio explicando o porquê de ter erguido a camisa na comemoração. Abaixo, a sua blusa dizia “Obrigado, Jesus” e, apesar das explicações, o árbitro Horacio Elizondo não mudou a postura em dar o segundo amarelo.
“Aquele grupo tinha um lado espiritual bem forte. Tínhamos nossas reuniões de véspera de jogo, cada um na sua crença, mas todos faziam orações no hotel. Naquela semana, o Rubens Cardoso lembra até hoje que ele nem precisou convidar ninguém pra ir. Todos queriam ir e perguntaram horário da reunião, da oração. Todos entendiam que havia a necessidade dessa fé, dessa cobertura espiritual”, comentou Tinga.
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O ex-volante colorado ainda lembra que, dias antes, sonhou que faria gol naquela final. E combinou com a esposa de produzir esta camiseta especial caso a imaginação se confirmasse, o que de fato veio a ocorrer:
“Dois dias antes do jogo, eu acordei com o sentimento de que eu faria o gol. Liguei para a minha esposa e disse que agradeceria a Deus. Aí no dia de manhã ela me levou a camiseta e eu entrei com ela. Tinha a fé de fazer o gol, mas a gente sabe que é difícil, ainda mais sendo jogador de meio. Quando fiz o gol, na hora eu lembrei do que eu tinha sonhado e da minha mulher levando a camisa pra mim. Tu imagina um torcedor do Inter que veio em 1992 ver o título da Copa do Brasil anos depois fazendo um gol. Nem sei como comemorariam outros. Foram segundos que para mim pareciam uma eternidade”, ampliou Tinga.
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Tinga também estava na conquista da Libertadores de 2010, sendo um dos raros atletas a ter estado nos dois grandes títulos continentais colorados. Relembre Inter 2×2 São Paulo em 2006: