A contratação, as atuações e a posterior recente saída de João Pedro Galvão no Grêmio foram pautas da entrevista desta segunda-feira do vice de futebol gremista, Antônio Brum, ao canal 4D Esportes. O dirigente, responsável por trazer o atacante no meio da temporada passada, disse ter sido elogiado pelo ex-volante Lucas Leiva na época, já que ambos haviam se enfrentado no futebol italiano.
Brum, ao desejar sucesso para a sequência da carreira de JP Galvão, ainda revelou que, na época da contratação, tinha a “certeza” de que este jogador daria certo no Grêmio:
“No futebol, nada é certo. Tu pode contratar um grande craque e dar errado, mas tu pode contratar uma aposta e dar super certo. Pelo que o cara é, e desejo toda sorte do mundo na sequência da carreira, mas o João Pedro Galvão eu tinha certeza que ia dar certo no Grêmio. E trouxemos vários centroavantes. Suárez deu certo. Tem o Braithwaite dando uma resposta, o Diego Costa nem se fala. O JP Galvão tinha um histórico de muitos gols, mas as coisas não aconteceram”, disse o dirigente, antes de acrescentar:
“Quando a gente trouxe o JP Galvão, o Lucas Leiva ainda estava próximo do clube por conta da sua aposentadoria e ele elogiou a contratação. Pois tinha enfrentado ele várias vezes pela Lazio. Dizia que era um cara difícil de marcar, que fazia gols, que jogava de meia, de ponta, no ataque. Na época, queríamos um colega para o Suárez e a análise era de que poderiam jogar juntos. Infelizmente, as coisas não aconteceram”.
No começo de julho, depois de ser vaiado ao entrar no segundo tempo contra o Palmeiras, no Centenário, em Caxias do Sul, JP Galvão procurou o técnico Renato Portaluppi e pediu para deixar o clube, o que foi prontamente atendido pela direção. Recentemente, o atleta se desligou do Fenerbahçe, da Turquia, estando livre no mercado desde então.
O que disse JP Galvão ao sair do Grêmio
Em uma entrevista dada ao jornalista Duda Garbi logo após pedir para sair, JP Galvão fez um balanço da passagem pelo Grêmio e admitiu a sua parcela de responsabilidade:
“Uma das conversas que eu tive com o Renato bem no começo do Gauchão foi ele pedindo para eu parar de me cobrar tanto. Ele dizia: ‘Você não vai chutar 10 bolas e fazer 10 gols’. Isso me atrapalhou no Grêmio. Eu me cobrar tanto em ter que dar o resultado a qualquer custo. Quando você perde essa tranquilidade de viver o momento do jogo, você não consegue render. Eu saio com a sensação de que a culpa é exclusivamente minha”, falou, na ocasião.
Leia mais:
- Técnico nega ter “chamado” o Atlético-MG para o ataque e critica Grêmio: “Erros infantis”
- Diego Souza detona expulsão de jogador do Grêmio e faz insinuação sobre o VAR