
O ex-presidente Romildo Bolzan Jr se manifestou em entrevista à Rádio Gaúcha na noite da última quarta-feira repercutindo o grande assunto das últimas horas no Grêmio: a desistência de Marcelo Marques em concorrer à presidência do clube. Bolzan, que dirigiu a instituição entre 2015 e 2022, lamentou a decisão tomada pelo empresário. Mas ao mesmo tempo também deixou críticas.
“Eu digo aqui isso de maneira direta ao Marcelo (Marques): se ele quer conduzir um clube de futebol, com interesses multiplicados, ele tem que ter a capacidade de ouvir e tirar o bom, tirar o mal, de modo que consiga conviver. Politicamente é isso. Agora, jogar tudo isso em cima de um problema político, então vamos ter que acabar com todos os clubes de futebol. Tem que ter capacidade de entender como funciona”, disse Romildo, em fala recuperada pelo site Gremistas.
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“Eu lamento muito a decisão do Marcelo. Era um nome que se tinha grande expectativa, inclusive de minha parte, sendo um nome que poderia trazer uma visão não meramente empresarial ou de aporte financeiro, mas uma visão de capacidade de incrementar receitas. Espero que tudo isso seja reconsiderado, reformulado”, ampliou.
As chapas presidenciais só poderão ser inscritas até a próxima sexta-feira, restando pouco prazo para isso. Oficialmente, permanecem como pré-candidatos apenas três nomes, que são Denis Abrahão, Gladimir Chiele e Sergio Canozzi.
A alegação de Marques no Grêmio
Em entrevista dada ao programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, Marques alegou não ter conseguido se adaptar à vida política do clube e garantiu que sua decisão é irreversível:
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“Repensei muitas coisas: será que eu tenho que ser presidente mesmo? Será que eu terei condições de ajudar em tudo? Não posso ajudar assim como o Celso Rigo ajuda? Essa semana entrou a política no meio. A política existe e nos trouxe até aqui. A gente ama o Grêmio desse jeito. Mas por todo esse peso e essa questão política, eu não serei candidato. É uma decisão irreversível”, declarou.