Barcellos ressalta caráter acolhedor do Inter por abraçar novo técnico estrangeiro: “Somos o clube do povo”

Presidente colorado Alessandro Barcellos deu as boas-vindas nesta sexta-feira a Miguel Ángel Ramírez

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Ao dar as boas-vindas ao técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez nesta sexta-feira, na sala de conferências do Beira-Rio, o presidente colorado Alessandro Barcellos fez questão de reforçar o caráter acolhedor do Inter independente da nacionalidade de seus profissionais. Neste sentido, nomes históricos do clube como Figueroa, Guiñazu e D’Alessandro foram citados.

Ramírez será o 15° treinador estrangeiro do Internacional – veja aqui a lista completa – e chega exatamente um ano depois da contratação de outro, que foi o argentino Eduardo Coudet, hoje no Celta de Vigo, da Espanha.

“Quero agradecer em público o Miguel, pois desde a primeira vez que apresentamos o projeto ele mergulhou nas nossas propostas. Sabemos que mudanças requerem adaptações e tempo, e nós estamos dispostos a assumir isso, pra que esse projeto volte a dar alegria ao nosso torcedor. O Internacional é o clube do povo, e, como clube do povo, vai acolher vocês que estão chegando, pra que vocês possam fazer o que mais sabem fazer: trabalhar”, colocou o presidente.

O executivo Paulo Bracks, em seu pronunciamento, disse que a bandeira vermelha do Inter é que estará acima das nacionalidades diferentes dos membros da nova comissão técnica, e foi complementado pelo vice de futebol João Patrício Herrmann:

“O Miguel está aqui pra colocar em prática um novo projeto. Miguel, tu vais ter de nós todo carinho e, antes de tudo, todo respaldo para fazer esse trabalho no Internacional”.

Confira as principais declarações de Miguel Ángel Ramírez na coletiva:

O tamanho do desafio ao assumir o Inter:

“Independentemente da gente que me quis, desde o primeiro momento, a convicção por um projeto estava por cima do nome. Lidero uma comissão técnica muito jovem, que unimos muito talento. E muito trabalho. Somos novos, mas levamos muitos anos trabalhando. Estar em um clube com uma história das maiores do mundo. E uma história vencedora. Que ganhou coisas que muitos clubes não conseguiram ganhar. Tentam, tentam, mas não conseguiram ganhar. Eu não entendo o futebol como outra coisa que não o espetáculo. Uma pessoa paga para se divertir, para ver um espetáculo. E para ganhar. Ninguém joga para perder. Todo mundo joga a ganhar. Se não, não joga. Viemos aqui para ganhar”

Adaptação do elenco ao seu estilo de jogo:

“Creio que são casos e casos. Vamos nos adaptando. Necessitamos estar com eles e introduzir a ideia, aí vamos ver a resposta individual para ir tomando decisão com o clube. Vai ser um trabalho de equipe. Eu sou uma peça da engrenagem de uma equipe de trabalho que é o clube. Já conheço alguns jogadores, mas preciso conhecer outros. Acredito que estou preparado e trago uma comissão técnica até mais preparada que eu”

Suposta falta de experiência como treinador:

“Esse pensamento limitante é o que nos faz não ter coragem suficiente para que Lucas Ribeiro não jogue. Pedro Henrique não jogue. Nonato não jogue. Praxedes não jogue. Pois todos eles também não têm experiência. Essa é uma limitação de pensamento”

Gabriel Neves, do Nacional, do Uruguai:

“Confesso que respirei aliviado quando ele não jogou contra nós (Independiente Del Valle). Mas foi como disse nosso executivo outro dia. É um jogador que interessa. Não só ao Inter. Entendo que interessa a muitos clubes. É um grandíssimo jogador”

Paolo Guerrero:

“Nos cumprimentamos e eu disse que queria vê-lo logo em campo. E ele: ‘na segunda-feira, eu jogo’. Imagina ter um jogador assim. Temos muitas ganas de poder trabalhar com ele”

Quer um novo camisa 5 para o lugar de Dourado?

“Eu não comentei absolutamente nada com o clube sobre isso. Só conversamos com o clube sobre os jogadores que estavam disponíveis, os lesionados e os meninos que poderemos utilizar”

Primeiro contato do Inter:

“O clube me procurou no período pré-eleitoral, mas não me disseram que eu era o candidato, me disseram que eu era um candidato. Me mostraram o projeto e eu achei que valia a pena”

Título mundial de 2006:

“Eu vi o Inter ganhando do Barcelona e sendo campeão do Mundo. A gente sempre via o futebol brasileiro desde pequeno. A oportunidade agora é de trabalhar em um clube tão grande, vi vídeos do Beira-Rio cheio de gente, creio que será uma experiência única”

Xenofobia:

“Sempre me senti acolhido em todos os lugares que vivi. No Catar, aprendi árabe, busquei comer suas comidas, viver sua cultura. O mesmo no Equador. Sempre há pessoas que não querem estrangeiros, pois entendem ser donos de suas terras, mas são poucos”

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