O jornalista colorado Fabiano Baldasso utilizou o seu espaço no programa “Debate Raiz” para destacar a postura de torcedores do Inter que, na última sexta-feira, penduraram faixas de protestos no Beira-Rio. As reclamações vieram ainda na repercussão da desclassificação para o Fluminense na fase de oitavas de final da Copa do Brasil no Maracanã na última quarta.
“Na década de 90, que foi terrível para o Inter tirando a Copa do Brasil de 92, os colorados começavam o ano sabendo que não ganhariam nada. Foi horrível porque o Grêmio ganhou muita coisa. Com gestões horrorosas, o Inter caminhou para virar um clube médio. Só não virou pois nós, colorados, com uma régua altíssima de cobrança, não deixamos”, afirmou o comunicador.
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Mensagens como “muito dinheiro, pouco futebol”, “gestão fracassada” e “Conmebol Libertadores é obrigação” foram vistas em frente ao Beira-Rio na sexta-feira. Também foram escritos recados contra o técnico Roger Machado, dirigentes e jogadores.
A influência do Portão 8 no Inter
Irritado com o “apoio incondicional” que permanece existindo no futebol, Baldasso relembrou como era o Inter na década de 90 com o famoso “Portão 8”, local de entrada e saída de dirigentes e jogadores:
“Existia naquela época um lugar chamado Portão 8, que moldou caráter. Eu fui como torcedor e depois cobri como repórter. Ali o bicho pegava. Era onde dirigentes e jogadores entravam e saíam. Para aqueles que acham que protestos não ganham nada, a história da humanidade é feita de conquistas que vieram com protestos. Existe um mal no futebol atual que é o apoio incodicional, que deve ser feito quando o time merece. Quando não merece, tu tem que xingar, berrar e vaiar”, finalizou Baldasso.
Pela frente, o Inter tem jogos de muita importância fora de casa: neste sábado, 18h30, contra o Bragantino, pelo Brasileirão e depois diante do Flamengo, 21h30, quarta-feira, pela ida das oitavas de final da Conmebol Libertadores.
